Doenças periodontais podem favorecer gravidade de casos de COVID-19

Doenças periodontais podem favorecer gravidade de casos de COVID-19

Além da cavidade oral ser um ponto importante de infecção pelo SARS-COV-2, doenças periodontais provocadas pela falta de higiene oral podem facilitar entrada do vírus, agravar sintomas da COVID-19 e aumentar risco de morte pela doença.

Mesmo com as campanhas de vacinação a todo vapor, não paramos com os esforços para entendermos mais sobre o que é a COVID-19, seu impacto no organismo e os fatores que podem contribuir para sua gravidade. Hoje, por exemplo, sabemos que a saúde oral pode ter impacto direto sobre a infecção causada pelo Coronavírus, com a cavidade oral sendo apontada como um dos pontos de entrada mais importantes para o agente patógeno causador da COVID-19. “A localização da cavidade oral em relação ao sistema respiratório e a secreção de saliva na região, que abriga milhões de microrganismos e é um meio de transmissão de vírus e bactéria, a torna um ponto focal importante para a infecção pelo SARS-CoV-2”, explica o Dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor pela USP. Além disso, sabemos que a falta de cuidados com a higiene oral leva ao surgimento de doenças periodontais que, por sua vez, podem favorecer o surgimento e piora de condições sistêmicas que figuram como fator de risco para casos graves de COVID-19. “Gengivas inflamadas, infecções orais e problemas periodontais geram a liberação de citocinas na corrente sanguínea que causam um processo inflamatório até mesmo em órgãos distantes, promovendo assim o desenvolvimento de condições como diabetes, Alzheimer, aterosclerose, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares”, destaca o especialista.

De acordo com o Dr Hugo, a periodontite figura entre as doenças mais prevalentes em todo o mundo, afetando uma grande parte da população mundial. “A periodontite, ou doença periodontal, é uma infecção bacteriana caracterizada pela inflamação crônica dos tecidos que envolvem os dentes, incluindo o osso de suporte. Em seu estado avançado, a doença pode causar mau hálito, escurecimento gengival, dores e sangramentos gengivais, podendo, se não tratada, levar a perda dentária”, alerta o cirurgião-dentista. E, visto que um maior índice de mortalidade por COVID-19 foi observado em pacientes com problemas gengivais, pode-se concluir que existe um risco aumentado de morte pela infecção causada pelo Coronavírus em pacientes com doença periodontal. “Estudos apontam que a secreção aumentada de citocinas pró-inflamatórias provocada pela doença periodontal é um dos principais fatores envolvidos no desenvolvimento da Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto, que, junto a outras desordens respiratórias severas, é a principal causa de morte entre pacientes com COVID-19. Além disso, as bactérias provenientes do periodonto doente aumentam a expressão de ACE2 (Enzima conversora da angiotensina 2), proteína que atua como um receptor do SARS-CoV-2, o que facilitaria sua entrada. Pesquisas ainda sugerem que as bolsas entre os dentes e a gengiva provocadas pelas bactérias causadoras da periodontite são um ponto focal de infecção pelo Coronavírus”, explica.

Por esses motivos, a realização de cuidados diários com a saúde oral tem se mostrado cada vez mais importante em meio a pandemia do Coronavírus. No entanto, quem já sofre com a doença periodontal deve buscar auxílio de um dentista o quanto antes para reduzir o risco de infecção pelo SARS-CoV-2 e, em caso de contágio, a diminuição da gravidade da COVID-19, além de impedir a evolução da periodontite e a consequente perda dentária que causa. “No geral, o tratamento da periodontite, além dos cuidados realizados em consultório pelos periodontistas, com a remoção do depósito de cálculos dentais das regiões das raízes dos dentes, inclui principalmente opções não-medicamentosas, como higiene oral diária com escovas dentais ultramacias e com grandes quantidades de cerdas, escovas interdentais e o uso coadjuvante de enxaguatórios orais e cremes dentais de boa qualidade. Isso tudo é capaz de reduzir a inflamação e proporcionar a regeneração tecidual”, diz o Dr Hugo Lewgoy.

Além dos tratamentos convencionais, cada vez mais estudos também têm demonstrado que a aplicação tópica de ácido hialurônico de alto peso molecular é capaz de reduzir a inflamação e a concentração de citocinas pró-inflamatórias, podendo assim ser uma opção terapêutica efetiva para impedir a progressão da periodontite e, consequentemente, seu impacto nos casos de COVID-19. “O ácido hialurônico é uma molécula encontrada naturalmente no organismo que atua em diferentes processos, incluindo a regeneração tecidual, cicatrização de feridas e regulação das respostas imunológicas e inflamatórios. O ácido hialurônico não reticulado e de alto peso molecular, por sua vez, possui a capacidade de reter grandes quantidades de água enquanto se liga a moléculas hidrofóbicas, o que ajuda a controlar a hidratação e a retardar a passagem de vírus e bactérias e os processos inflamatórios. Dessa forma, o ativo é capaz de auxiliar na reparação de tecidos e cicatrização de diversos tipos de feridas, sendo assim um importante coadjuvante no tratamento de doenças periodontais”, afirma o especialista.

Felizmente, hoje já é possível encontrar no mercado brasileiro produtos odontológicos formulados com ácido hialurônico especificamente pensados para o tratamento das doenças periodontais, como é o caso do Gengigel, da EHM. “Disponível nas versões gel e spray, o Gengigel conta com ácido hialurônico em sua composição para acelerar a regeneração dos tecidos gengivais. Dessa forma, é capaz de proteger as mucosas orais contra infecções, aliviar a dor e reduzir a inflamação e o sangramento gengival e peri-implantar”, destaca o cirurgião-dentista.

No entanto, o Dr. Hugo Lewgoy lembra que o SARS-COV-2 e a COVID-19 agem no organismo de diferentes formas. Por isso, mesmo com a adoção de cuidados com a saúde oral e o tratamento das doenças periodontais, não devemos deixar de lado as outras medidas de prevenção do contágio pelo Coronavírus, principalmente a vacinação. “Logo, é indispensável que a realização da higiene oral diária e as visitas regulares ao cirurgião-dentista, combinadas a higiene frequente das mãos com água e sabão, utilização das máscaras de proteção e o distanciamento social”, finaliza.

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