Outubro Rosa: a sexualidade feminina durante o tratamento do câncer de mama

Outubro Rosa: a sexualidade feminina durante o tratamento do câncer de mama

Durante o processo de tratamento do câncer de mama, inúmeras transformações físicas e hormonais ocorrem no organismo da mulher. Apesar de ser algo comum nesta batalha pela cura, ainda pouco se fala sobre o quanto essas mudanças impactam na sexualidade da paciente. De acordo com a mastologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dra. Natália Cordeiro, é preciso atenção a este assunto, a fim de melhorar a qualidade de vida destas mulheres.

Uma potencial consequência do tratamento na sexualidade feminina é a disfunção sexual – que está ligada à redução do desejo e à dificuldade de excitação. Segundo a médica, é preciso lembrar que, mesmo com os avanços científicos que minimizam esses efeitos, eles existem e são inerentes ao tratamento. “As mudanças hormonais e a manipulação cirúrgica, principalmente as mais extensas, podem agravar o quadro e, por isso, merecem atenção e nunca devem ser desprezados”, explica.

Um dos fatores que ajudam a explicar estas consequências à qualidade de vida e até mesmo o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos é o grande peso simbólico das mamas no conceito de feminilidade. “Muitas pacientes sentem que o seu feminino está ferido e essa junção de condições físicas e psicológicas deve ser trabalhada para que resultados mais completos sejam obtidos”, enfatiza.

Deixar de olhar para o assunto pode gerar sequelas para a vida após o tratamento. Natália lembra que, para evitar isso que se concretize, é indicada uma abordagem médica multiprofissional que garanta à mulher liberdade em expor seus medos e angústias sobre o assunto.

“O médico precisa estar atento para perceber o problema desde o início e isso pode ser identificado por meio de sinais, perguntas indiretas ou mudanças de temperamento. Para facilitar essa identificação, é sempre bem-vinda a ajuda de outros profissionais como psicólogos que auxiliam nesta jornada de cura sem julgamentos”, reforça.

HOSPITAL EDMUNDO VASCONCELOS

Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.000 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o primeiro lugar no Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar na categoria Saúde – Hospitais, conquistado por três anos consecutivos, 2017, 2018 e 2019.

Rua Borges Lagoa, 1.450 – Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

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