Primeiro de Maio reúne trabalhadores na sede do sindicato

Comemorar o 1º de Maio; ainda que de forma simples e considerando a grave crise que vem assolando o país e o setor metalúrgico. “Nos preocupa, principalmente, as demissões na IVECO e na Sodécia; bem como a situação dos trabalhadores que voltarão do Lay-off na Iveco, no dia 02/05. O grande desafio desse ano de 2016 é, sem dúvida, manter os empregos. Mas os números são desanimadores”; destaca o Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas e Presidente da Femetal Minas, Ernane Geraldo Dias.

No último dia 20, foram divulgados os números da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, realizada pelo IBGE de Dezembro de 2015 a Fevereiro de 2016.

De acordo com todos os indicadores pesquisados, tivemos grandes perdas em relação ao último trimestre, mas muito mais graves em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Ou seja, nesse ano que passou acumulamos perdas seguidas de postos de trabalho, de carteiras assinadas, de rendimento médio mensal e, por consequência, de direitos trabalhistas, de seguridade social, de benefícios e de renda familiar.

O alarmante índice de 10,2% de desempregados no país é o pior desde 2012 quando a pesquisa começou a ser realizada.

Hoje são 10,4 milhões de trabalhadores sem vaga e o que é pior, sem a perspectiva dela.

Em Sete Lagoas a coisa anda de mal a pior. Empresas fecham as portas a todo o momento. Ao trabalhador resta a esperança da recuperação da setor, ou, de imediato, migrar para outro segmento, apelar para bicos, economia informal, enfim.

Os números não mentem. E eles estão cada dia piores: menos empresas, menos postos de emprego,

Só nos resta continuar nosso trabalho da melhor forma e torcer para o governo ajuste a economia e desenvolva projetos que impulsionem o crescimento e a geração de empregos.

Este 1º de Maio pode não ser de grandes comemorações para o metalúrgico sete-lagoano. Mas disposição para continuar lutando não vai faltar.