Câmara vai analisar requerimento que pede cassação do prefeito Leone Maciel

Câmara vai analisar requerimento que pede cassação do prefeito Leone Maciel

Com aprovação do Plenário da Câmara foi inserido na pauta de votações da Reunião Ordinária da última terça-feira (12), o Requerimento 1492/2019, do vereador Milton Martins (PSC), para que “seja proposta por esta Casa Legislativa ação de cassação do atual Prefeito Municipal, Exmo. Sr. Leone Maciel Fonseca”.  O documento, porém, foi retirado por conta de um pedido de vistas apresentado pelo presidente, Cláudio Caramelo (PRB), para uma análise jurídica da Procuradoria. O vereador Gonzaga (PSL) se absteve de votar e Ronaldo João (PHS) foi contra incluir a proposição.  

No documento, Milton Martins alega que, ao realizar contratações a partir de 02 de janeiro o prefeito teria descumprido o decreto 6.007 de 21 de Novembro de 2018 que decretou situação de calamidade financeira no município. Isso porque, no inciso IV, o decreto determina que “ficam vedadas novas contratações e nomeações de servidores, exceto em caso de extrema necessidade e em que seja imperiosa a substituição de servidor para fins de continuidade da prestação dos serviços públicos”.

Outro texto que não foi votado por pedido de vistas foi o Projeto de Resolução (PR) 10/2017 do vereador Pr. Alcides (PP) que “institui o código de ética e decoro parlamentar da Câmara Municipal de Sete Lagoas e dá outras providências”. Marcelo Cooperseltta (MDB) foi quem fez o pedido de vistas que foi concedido pelo presidente.

Pelo mesmo motivo o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 390, de autoria do Executivo, foi retirado da pauta. O texto “dispõe sobre o Conselho Municipal de Saúde de Sete Lagoas – CMS/SL e revoga a lei nº 7.957 de 09 de novembro de 2010”. O pedido foi do vereador Milton Martins.

Com cartazes cobrando “solução” para o problema dos salários atrasados, vários servidores municipais ocuparam a galeria e parte do plenário. Vários vereadores falaram sobre o assunto durante a comunicação pessoal. Fabrício Nascimento (PRB) e Euro Andrade (PP), por exemplo, defenderam a demissão dos comissionados. A admissão por contrato foi criticada por Gilson Liboreiro (PSL). Pr. Alcides (PP) chamou salário de “sagrado” e disse que a Câmara não medirá esforços para resolver a questão”.

Marcelo Cooperseltta acredita que “cassar o prefeito não é a solução”. Caramelo parabenizou os servidores porque, mesmo com os salários atrasados, “estão mantendo o atendimento para a população”. Sobre um projeto que prevê a realização de um leilão para venda de imóveis do Executivo o presidente esclareceu que “o artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal alerta que não pode vender imóveis para pagar salários. Não podemos enganar o servidor”, reforçou.

Na sequência dos trabalhos todos os textos em pauta foram aprovados. Link completo com a pauta segue abaixo.  

https://sapl.setelagoas.mg.leg.br/sessao/pauta-sessao/397

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