4º Festival de Cenas Curtas divulga lista de cenas selecionadas
Com o desejo de fomentar a cultura, estimular e promover o encontro entre grupos e artistas de todo o país em Sete Lagoas, a Preqaria Cia de Teatro anuncia as 12 esquetes selecionadas para o 4º Curta Teatro – Festival de Cenas Curtas de Sete Lagoas, dentro da programação da 5ª Temporada de Teatro. Os trechos serão encenados nos dias 26, 27 e 28 de outubro no Centro Cultural Nacional Teatro Preqaria (rua Aleixo Lanza, 41, Bairro Canaã), às 20h, com entrada franca.
Este ano o Curta Teatro traz novidades. “A cada noite o público presente vota qual cena gosta mais. A cena mais votada de cada noite recebe o prêmio de R$400. Além disso, como de costume, todas as cenas selecionadas têm uma ajuda de custo de R$500”, conta o diretor teatral e coordenador da temporada, João Valadares. Sete das cenas selecionadas são de grupos teatrais de Belo Horizonte. Há ainda quatro cenas do Rio de Janeiro e uma de São João del-Rei. “Além de prezar pela qualidade das cenas, priorizamos as diferenças entre as linguagens, valorizando as experimentações”, completa Valadares. Confira o nome da cena, o grupo responsável e a origem:
Apoios
A 5ª Temporada de Teatro de Sete Lagoas, o 4º Curta Teatro e o Centro Cultural Nacional Teatro Preqaria contam com patrocínio do Circuito Cultural Cimento Nacional, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e conta com os apoios da Panificadora Galdina, Churrascaria Três Marias, Prefeitura de Sete Lagoas, Unifemm, Regina Márcia Arquitetura, Clube das Tintas, Uai Hotéis, ICL Computadores – Compramos seu Notebook Estragado, Jotakasa, Felt Lumina, Prevenir, CCB Contabilidade, Ênfase Engenharia e A&J Pinturas. Informações: 98894-4243.
Programação
26/10/2018, sexta, às 20h:
– Mãos ao Alto! / Cia. Lianô / São João Del Rei
Um e Dois estão fugindo da polícia e se deparam encurralados pelo público. Tentam de tudo para distraí-los e poderem fugir. Nada dá certo e caem na brincadeira. Dois bandidos que vivem brigando e se metendo em situações embaraçosas. Lembranças e memórias à flor da pele fazem com que eles criem e revivam momentos de suas vidas. Ora cômicos, ora trágicos. No fim, a esperança é a última que morre.
– Moeda de Troca / Vertente Corpo-Es’passo / Belo Horizonte
Quatro indivíduos compartilham um mesmo espaço e investigam os fatos de uma possível guerra. As atrocidades daquele período reverberam em suas vidas e a única coisa que os une também é o que os separa. O que cada um tem a oferecer como troca? Bufunfa? Trampo? Disposição? Afeto? Colo amigo? Suor? Patada? Diversão? Sangue?
– Olha o Pesado Aí / Coletivo Carolinas / Belo Horizonte
Cena livremente inspirada no livro “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus. O cotidiano de duas mulheres negras que revivem situações corriqueiras do dia a dia na favela e as dificuldades de mães solo em conseguir sustento para si e para seus filhos.
– Yuki-Onna, A Mulher de Neve / Grupo Depois do Ensaio / Rio de Janeiro
Famoso conto japonês cheio de significados pessoais e atravessamentos através da linguagem e formas animadas. A figura de Yuki-Onna não é apenas um personagem místico, mas uma figura que representa relações com o outro. É vida, passagem e transmutação.
27/10/2018, sábado, às 20h:
– A Bailarina e o Pianista / Palhaços de Segunda / Rio de Janeiro
A melhor bailarina atual, Groselha, formada na Escola Bolshoi, após ganhar a competição mais antiga da história da dança, o “The Varna International Ballet Competition”, presenteia o público com o seu mais novo número de balé clássico, aclamado pela crítica. No piano, o maior pianista atual, Cazu, criador da orquestra sinfônica de Paris e discípulo de Beethoven, a acompanha numa música inédita, criada por ele especialmente para a bailarina.
– Complexo Comum / Cia. Atemporal / Belo Horizonte
Terem nascido juntos não significou caminharem lado a lado. O rompimento da bolsa, mais que o parto, representou o rasgo em duas partes que jamais se completariam. A vida vem de dentro e do nada. O que se faz dela é desfiar um novelo que por vezes acaba em nó, mas nem por isso ata. À mãe coube alimentar: dar de comer ao corpo, às vaidades e às misérias de cada lado de um todo incompleto. Dizem que amor de mãe é um só. Talvez fosse mesmo.
– Hecatombe / Dois Gêneros de Teatro / Rio de Janeiro
Uma voz parada na esquina. Invisível, ela apenas observa, sem conseguir ser ouvida. Uma hecatombe… E a vida muda. Sem saber para onde ir, de onde veio, e uma mala na mão… Enquanto a vida segue seu fluxo, a voz continua ali, buscando ser ouvida.
– Um Suposto Fim / Atípico / Rio de Janeiro
O ser jogado ao nada, marcado pelo fim de diversos ciclos e por sua luta de tentar prolongá-los. A morte e a vida, fogo e gelo, bem e mal, calma e fúria. Inquietações que rompem com aquilo que já nem parece mais capaz de reagir, até onde conseguimos resistir, quantas delícias? Quantos ódios? Amores? Imperfeições, eu prefiro chamá-los assim.
28/10/2018, domingo, às 20h:
– As Pedras de Virgínia Woolf / Voz e Poesia / Belo Horizonte
Um encontro imaginário de Virgínia Woolf com Leonard e personagens de suas obras, no fundo de um rio, onde a escritora se afogou, usando pedras nos bolsos do casaco. A vontade de compreender a existência humana faz com que Virgínia volte a ter esperança de reescrever a sua vida.
– Desate! / Confesso / Belo Horizonte
Um ser. O fardo dos tomates. A ausência do amor e a presença de uma dor que surge do excesso da falta. Um grito sem voz que sucumbe em sons de gotas amargas na madrugada e uma eterna tentativa de abafar esse barulho com um trapo de pano. O corpo que dói inteiro, sua fragilidade e seus desejos transparecem na agonia de suas falas e ações de embate com os tomates.
– Escapulário / Anômala Teatro e Plataforma Beijo / Belo Horizonte
Nesta cena-performance, a partir de um aplicativo de sexo para homens gays, lança-se o desafio: você me encontraria durante uma peça de teatro? Uma tentativa de encontro com o público, com o próprio corpo, com deus, com o desejo, com a arte, com a religião.
– O Preso e o Liberto / Sociedade dos Atores Vivos / Belo Horizonte
Em meio a uma guerra político-social, durante uma missão de reconhecimento de um local abandonado, dois militantes de grupos rivais se vêem isolados do resto da sociedade. Um se torna preso, outro se mantém liberto… Um se mantém firme em suas concepções, outro se adapta conforme o jogo… Após algum tempo, a relação estabelecida entre eles pode transformar o que ambos acreditam ser verdades absolutas e apresentar os absurdos de uma guerra sem sentido!