Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar complicações graves em idosos

Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode causar complicações graves em idosos

O inverno é uma época de temperaturas mais baixas e, devido ao frio, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem ventilação adequada e muitas vezes em aglomerações, favorecendo, assim, o aumento da circulação de vírus e bactérias. Porém, um vírus que merece atenção devido a alta incidência nessa estação e é pouco falado, principalmente entre a população adulta e idosa, é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). 1,2

Muito conhecido por pais de crianças pequenas por ser um dos principais vírus associados à bronquiolite, o VSR também pode ser grave para a população acima de 60 anos, principalmente naqueles que possuem condições crônicas de saúde, também chamadas de comorbidades, e que podem apresentar quadros mais graves da doença, como pneumonia e até o óbito. 4,5

De acordo com o site InfoGripe, que monitora dados de notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, tendo como fonte dados do sistema Sivep-gripe da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, desde o início do ano até a semana 24 (encerrada em 15/06/2024 – momento que antecede o inverno), 44,9% dos casos reportados de SRAG em 2024 foram VSR. O relatório trouxe também dados das semanas 21 a 24, período de maior circulação do vírus neste ano, chegando a 51,0% dos casos de SRAG terem como agente identificado o VSR. 7*

Segundo a Dra. Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), infectologista e líder médica de vacinas da GSK, esses dados mostram que o VSR co-circula com diversos outros vírus respiratórios, mas pode impactar mais do que Influenza e SARS-COV-2, por isso, é importante ter cuidado nessa época do ano. “A população conhece o VSR por causa da bronquiolite em bebês, mas os adultos raramente são testados e, como os sintomas podem ser confundidos com um resfriado, como coriza, tosse, febre e mal-estar, o VSR acaba sendo pouco conhecido e é subdiagnosticado. No entanto, a letalidade em idosos no Brasil, segundo dados de vigilância epidemiológica, é maior do que em crianças, chegando a ser até 20 vezes maior em adultos com 60 anos ou mais”, explica e complementa:

“Com o passar dos anos, conforme vamos envelhecendo, o nosso sistema imunológico normalmente vai enfraquecendo e, com isso, temos mais dificuldades em combater infecções. E, em indivíduos adultos e idosos que possuem comorbidades, esse risco é ainda maior, podendo levar até a morte. Pesquisas mostram que mais de 78% dos adultos mais velhos possuem alguma condição crônica de saúde”, afirma a infectologista.

As condições crônicas de saúde que levam ao maior risco de hospitalização podem incluir diabetes, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). 4,8,9 Para dar a dimensão da gravidade, estudos mostram que os que possuem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) podem ter até 13 vezes mais probabilidade de serem hospitalizados devido a complicações do VSR. Portadores de asma podem ter até 3,6 vezes mais possibilidade de hospitalizações; e diabetes podem ter até 6,4 vezes mais. Já com os portadores de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), há a possibilidade de até 7,6 vezes mais riscos de serem hospitalizados. 8

Nos Estados Unidos, anualmente, segundo dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o VSR leva a aproximadamente de 60 a 160 mil hospitalizações e de 6 a 10 mil óbitos, em adultos com 65 anos ou mais. 4 No Brasil, entre 2020 e 2022 foram notificados mais de 30 mil casos da doença, com uma taxa de letalidade de 20,77% em 2022 em adultos de 60 anos ou mais. 10

Formas de transmissão

Assim como a gripe e a COVID-19, o Vírus Sincicial Respiratório pode ser facilmente transmitido através de gotículas expelidas ao tossir, espirrar, contatos próximos, como beijo, ou por superfícies contaminadas. Pessoas infectadas geralmente transmitem o vírus por até oito dias e, além disso, podem propagá-lo um ou dois dias antes de começarem a apresentar os primeiros sinais da doença. No entanto, alguns indivíduos, especialmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido, podem continuar disseminando o vírus mesmo depois de cessarem os sintomas, por até quatro semanas. 11,12

“Vale alertar ainda que crianças pequenas são frequentemente expostas e infectadas pelo VSR, principalmente em ambientes como creches, escolas, parquinhos e festinhas, e poderão transmitir o vírus aos adultos mais velhos, como os avós”, conta Dra. Lessandra.

Prevenção

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a vacinação é uma das formas de prevenção contra o VSR. 7 Além disso, algumas outras medidas podem ajudar a prevenir o contágio e transmissão, como lavar as mãos frequentemente; evitar tocar no rosto, nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar; evitar contato próximo com pessoas doentes; limpar e desinfetar superfícies que são tocadas com frequência; e evitar sair de casa quando estiver doente. 11

“Mesmo após a recuperação da infecção, o VSR pode trazer impactos a longo prazo em alguns idosos, como diminuição da independência, das atividades sociais, da produtividade, alteração do sono. Além disso, ações como respirar, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar desafiadoras. Por isso, é muito importante que as pessoas, principalmente os idosos, conheçam mais sobre a doença, seus riscos, formas de prevenção e procure um médico caso tenham sintomas respiratórios”, finaliza Dra. Lessandra.

7* N (Numero de testes postivos para algum vírus respiratório) = 38.361

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Sobre a GSK

A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em mais de 75 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global. A companhia pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos especializados nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Imunologia/Respiratória. No Brasil, a GSK é líder nas áreas de HIV e Respiratória e uma das empresas líderes em Vacinas. 

Por Assessoria de Comunicação 

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