LBV intensifica seu programa gratuito que ajuda mulheres no rompimento dos ciclos de violência

LBV intensifica seu programa gratuito que ajuda mulheres no rompimento dos ciclos de violência

Há 40 anos, a cearense Maria da Penha Fernandes foi vítima da violência
doméstica. Com muita força e coragem na luta por seus direitos, ela mudou o próprio destino e, com seu exemplo, o de milhares de outras mulheres,
amparadas pela lei que leva seu nome. Infelizmente, a cada duas horas uma
mulher perde sua vida no país, segundo a Pesquisa Atlas da Violência 2022 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Embora tenhamos avanços no enfrentamento, os dados que vêm sendo divulgados ano a ano são alarmantes.

Hoje, a Lei 11.340/06 é referência internacional no enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Sancionada em 7 de agosto, a data é um marco na luta pelos direitos femininos e uma grande conquista para brasileiras.
“O movimento de mulheres já estava muito atuante na minha cidade [naquela época], a gente só tem o conhecimento quando se está inserido no contexto. Então, quero dizer que foi muito o que se venceu, nós avançamos, muito, muito mesmo! Mas isso foi muito devagar”, comentou Maria da Penha em entrevista à reportagem da Boa Vontade TV (www.boavontade.com/tv).

Entender para recomeçar

Saber dos seus direitos é um ponto crucial nessa luta também. Dona Maria, 72 anos, atendida pela LBV, foi casada por anos e também sofreu silenciosamente em seu lar enquanto zelava por seus três filhos, na época infelizmente não existia uma lei para ajudá-la e muito menos sabia o que estava acontecendo.
“Quando vim pra cá [São Paulo/SP] meu marido me batia muito. Depois ele foi embora e não deixou nada, tive que comer do lixão porque ele não me deixava trabalhar. O único jeito que tive foi catar as coisas até o emprego aparecer”, relata a idosa.

Mais conscientizada
Atualmente, dona Maria participa do “Vida Plena”, serviço de convivência e
fortalecimento de vínculos que contribui para o envelhecimento saudável e para a garantia dos direitos das pessoas na Terceira Idade. Segundo Joslaine
Santos, assistente social do Centro Comunitário da Legião da Boa Vontade
(LBV) em São Paulo/SP: “em cada oficina dona Maria foi se abrindo sempre
bem-humorada, aprendeu a identificar seus direitos na LBV”, o que a ajudou a entender e ressignificar sua história.

Direitos e ação
Imagine quantas mulheres tiveram histórias semelhantes e não sabiam a quem recorrer para pedir apoio. É nesse sentido que a Legião da Boa Vontade promove sua Campanha: Mulher — Direitos e Ação, em favor do
empoderamento feminino. Um exemplo é o Programa “Ser Mulher”, iniciativa que oferece atendimento psicológico on-line e 100% gratuito a meninas (a partir dos 12 anos) e mulheres de todo o Brasil, com o intuito de apoiá-las no enfrentamento e no rompimento dos ciclos de violência.

Para participar basta entrar em contato pelo tel. (11) 99996-6557 por WhatsApp ou ligação.

Saiba mais sobre o programa Ser Mulher acessando:

www.lbv.org/programa-ser-mulher.

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