A primeira experiência do nadador de Sete Lagoas, Léo Chaves, em águas abertas não poderia ter sido melhor. Sem nunca ter pisado na areia de qualquer praia o paratleta alcançou a 6ª colocação no desafio Rei e Rainha do Mar, disputado em Copacabana, no Rio de Janeiro. “Nunca tive nenhuma experiência, muito menos conhecia o mar. Por ser tudo pela primeira vez o resultado foi ótimo”, avalia Léo em um post na rede social.

A intenção de Léo quando deixou Sete Lagoas para nadar nas águas de Copacabana, no último dia 19, era ficar entre os dez primeiros na categoria Pessoa Com Deficiência (PCD) que disputa por conta de uma deficiência na perna direita, consequência de uma poliomielite quando criança. “Coloquei essa meta porque os 10 primeiros saem em vantagem nas próximas competições do circuito”, revela.

Com orçamento apertado o nadador fez várias ações na tentativa de levantar fundos para custear as despesas com a viagem e estadia na cidade maravilhosa. “Não arrecadei nem a metade do que precisava, mesmo assim valeu demais e agradeço imensamente a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para que esse sonho se tornasse realidade”, reconhece.

Aos 23 anos, o paratleta que aprendeu a nadar depois de quase morrer afogado em uma piscina quando criança quer ir mais longe e garante que vai continuar treinando para novos desafios e competições. “Através do esporte me tornei uma nova pessoa. Por isso vou em frente continuar o trabalho, com ainda mais foco, porque vem muita coisa boa por aí”, vislumbra.

O nadador valoriza todos que abraçaram o projeto e contribuíram para que tudo acontecesse. “Agradeço imensamente a Deus e aos apoiadores Point das Motos, D’Angelo Oliveira Fotografia, Bazar Esportes, Vine Representações, Churrasquinho Sabor Mineiro, Point do Baixinho, Quitanda do Açaí, Strike Boliche, Pro Minas Propaganda, Diferença Gráfica e em especial ao treinador Felipe Piazzi da academia Alta Energia e a escola de idiomas Wizard”.

Por Marcelo Paiva