Literatura: Existe coisa mais clichê do que é a própria vida?
O clichê é malvisto por grande parte dos escritores mas para escrever uma boa história, ela precisa ser um pouco crível, até mesmo nas histórias fantásticas ou distópicas, mesmo que envolva algo sobrenatural, é necessário seguir uma lógica, algo que tenha aproximação com a realidade para que os leitores consigam emergir ainda mais naquilo que está lendo.
Caso a forma que os acontecimentos da vida do personagem, ao decorrer da narrativa, não sejam bem descritos, o clichê pode acontecer, pois tudo na vida de uma pessoa gira em torno de emoções e na literatura, as boas são destinadas aos mocinhos e mocinhas, e as más ficam para os vilões.
Trazer temas que são pouco explorados no meio literário pode ser uma boa alternativa para fugir do comum, por exemplo, na história da autora Ana Beatriz Brandão, O Garoto do Cachecol Vermelho, se a narrativa tivesse apenas a fórmula mágica comum dos romances (os protagonistas se odeiam, brigam, ficam próximos, um muda a vida do outro, para depois acontecer algo triste e no final, tudo acaba bem) seria muito banal.
A alternativa encontrada pela escritora foi trazer para história a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença pouco conhecida que enfraquece os músculos e afeta as funções físicas. Além disso, o livro traz uma personagem principal negra, algo que não é muito trabalhado em outros livros.
“Não sei o motivo que torna o clichê uma coisa tão assustadora para os escritores. Existe coisa mais clichê do que a própria vida? Somos todos uma parte da história da humanidade, e todos nós temos nossa própria história: nascemos, crescemos, amamos, odiamos, casamos ou não, temos filhos ou não, e no final todos morremos. Viu como a vida é um grande clichê?” – Ana Beatriz Brandão
Sobre a autora: Com cinco anos já era uma ávida leitora, aos treze iniciava uma jornada cercada de magia junto aos seus personagens e atualmente, com dezoito anos, já publicou cinco livros e embarca na forte emoção de acompanhar o filme baseado em seus dois best-sellers, O Garoto do Cachecol Vermelho e A Garota das Sapatilhas Brancas. Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo, Ana Beatriz Brandão vive intensas aventuras todos os dias e celebra suas publicações, desde a mais recente obra Sob a Luz da Escuridão, até aquela que pela primeira vez cativou o público, Sombra de um Anjo. Não esquece as emoções vivenciadas em Caçadores de Almas que também tem um valor inestimável à jovem escritora. Seu maior sonho é poder continuar contando suas histórias para todos aqueles que, assim como ela, acreditam que os livros são a melhor forma de tocar o coração das pessoas e mudar suas vidas.
Por LC Comunicação