O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.
Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.
No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda.”. A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.
Em consequência, dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde – OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhões de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Frases como “a vida não vale a pena”, “estou tão sozinho que queria morrer”, “eu preferia estar morto, “queria dormir para sempre”, “os outros vão ser mais felizes sem mim”, “não aguento mais”, “sou um perdedor e um peso para os outros”, “estou com pensamentos muito ruins”. São frases que por vezes passam despercebidas na correria cotidiana, mas estão diretamente ligadas sobre o desejo de morte.
Se você tem percebido em alguém comportamentos como:
- Falas sobre morrer ou querer morrer,
- Falas sobre sentir vazio, sem esperança ou sem saída para os problemas,
- Menções sobre sentimento de culpa e vergonha,
- Falas sobre não ter um motivo para viver ou que os outros estariam melhor sem eles,
- Retirada social e isolamento,
- Distribuição de itens pessoais e resolução de questões soltas,
- Dizendo adeus a amigos e família.
FIQUE ATENTO!
Não é sempre que o sujeito com pensamentos de autoextermínio expressa com clareza sobre a sua intenção, por vezes sim, porém é comum que este tipo de comportamento não seja validado, ou tratado de forma equivocada.
É comum ouvir frases como: “só quer chamar atenção”, “isso é falta de Deus”, “falta do que fazer”, “isso é frescura”, ” procure um trabalho que passa”, “sua vida é ótima não tem do que reclamar”.
NÃO! O suicídio é problema real e grave, diretamente ligado ao adoecimento mental.
COMO AJUDAR
Fique atento aos sinais, converse sem julgar, indique e acompanhe um tratamento profissional.
Lembre-se que quando alguém está se afogando ela precisa ser salva e não ensinada a nadar, dizer que vai ficar tudo bem, não deixa tudo bem, seja paciente, valide a dor do outro, ofereça seu abraço e apoio, mas entenda que, tudo é um conjunto de fatores, além do apoio familiar, a ajuda profissional é indispensável.
Se você tem si percebido com pensamentos e comportamentos como estes é necessário:
- Admitir que você pode ter um problema;
- Aceitar que há solução para seu problema;
- Não se deixar levar pelos pensamentos ruins,
- Deixar o medo e a vergonha de lado;
- Cultivar bons hábitos;
- Compartilhar seus problemas com pessoas de confiança;
- Procurar ajuda profissional.
Lembre-se que, o que precisa acabar não é a sua história e sim aquilo que está doendo, e como nos livros sempre há sempre espaço para construir um novo capitulo, com mais calma, esperança e alegria.
NÃO DESISTA! Você é importante, é mais forte do que pensa e será mais feliz do que imagina.
Lays Portilho – Psicóloga Clínica CRP/04 48139