Antes de falarmos sobre quais foram os impactos causados pela pandemia na saúde mental, primeiramente vamos falar sobre o que é saúde mental? Esta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), refere ao bem-estar do sujeito que consegue desenvolver suas habilidades pessoais lidando com os estresses gerados pelas facticidades da vida. 

Além disso, é importante ressaltar que cada pessoa poderá lidar de forma diferente frente a situações adversas, respondendo de acordo com sua história de vida, sua capacidade resolutiva, sua personalidade e seus mecanismos de defesas. A família e os amigos enquanto rede de apoio também se mostram como fonte de força e segurança em momentos complicados, como o que estamos vivendo.

A pandemia causada pelo COVID-19, que iniciou no Brasil a partir de fevereiro de 2020, se apresenta como um fenômeno rodeado de incertezas gerando, consequentemente, medo. Este, por sua vez, se mostra intrinsecamente ligado ao isolamento social, ao receio de contágio, à perda de rotina, bem como da liberdade. Também se refere ao fato de estarmos encarando a morte cara-a-cara a partir da vivência da perda de entes queridos, muitas vezes, sem a possibilidade de cumprir os rituais de despedida que ajudam a elaborar o luto.

Para além da morte, enfrentamos outros tipos de perdas que, de algum modo, nos afetaram. Perda de empregos e, consequentemente, da estabilidade financeira. Perdas de moradias que, enquanto símbolo de segurança e pertencimento, feriram necessidades básicas. Perdas de possibilidades, sejam estas ligadas às viagens, festas e celebrações planejadas há meses, talvez anos. Perda da rotina, ausência de contato físico e do calor dos afetos do cotidiano.

Com tudo isso, nós nos vimos isolados, convivendo com a solidão, rodeados por notícias trágicas que pioravam a cada hora. Todos esses fatos juntos, sem espaço para um respiro, produziram angústia, tristeza profunda, medo e luto. Talvez por esse motivo a procura por ajuda psicológica aumentou. Ou será que a pandemia só evidenciou o que já estava aguardando no fundo das nossas gavetas emocionais? Fica a questão.

Enfim, entre ondas verdes e roxas, a esperança tentava vencer. Subia à superfície, a vimos algumas vezes, principalmente com a liberação da vacina (e viva a ciência!). Mas cá estamos novamente, enfrentando uma nova cepa e com ela todos os sintomas emocionais de volta. Entre diagnósticos positivos para COVID, apareceram também os CIDS de ansiedade e depressão. Fomos infectados e afetados, seguimos ainda perdidos, mas com vontade de vencer. 

Para dar conta da angústia, a fala se torna instrumento de alívio. Seja no presencial (com uso de máscara e álcool gel, por favor!) ou no on-line, encontramos espaço para a fala na psicoterapia, um lugar seguro e sigiloso onde podemos deixar nosso afeto revelar-se. No Espaço Evoluir você me encontra e encontra outras(os) profissionais capacitadas(os) para te amparar. Seguimos firmes e juntas(os)! 

Por Luíza França Costa – Psicóloga

O Espaço Evoluir é um espaço multidisciplinar que conta com profissionais nas áreas de fonoaudiologia, musicoterapia, psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e mediação/reforço escolar.

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