Papo com o autor: Entrevista Exclusiva com Rodrigo Pazzinatto

Papo com o autor: Entrevista Exclusiva com Rodrigo Pazzinatto

Especial Dia Internacional do Leitor.

Neste mês de junho celebramos no dia 24, o dia Internacional do Leitor. Para celebrar a data convidamos alguns autores locais para uma entrevista especial. Oportunidade de conhecermos um pouco mais dos autores, das obras, suas indicações de leitura, e falarmos do super sorteio que vai rolar.

Vamos conversar hoje com Rodrigo Pazzinatto.

Rodrigo Pazzinatto de Almeida Leite é Psicólogo. Pós-graduando em Sexualidade Humana, Psicólogo, especialista em Paisagismo e Revitalização Ambiental e Engenheiro Florestal . Trabalha como Psicólogo social na prefeitura de Curvelo e também como Psicólogo clínico em consultório particular, em Sete Lagoas e Curvelo.

Livros lançados:

“O fantástico Mundo de Julia e Sofia”: Um livro infantil que fala sobre autismo e inclusão. Estão esgotados os exemplares físicos, mas é possível adquirir ebook na Amazon.

O ebook de “O fantástico Mundo de Julia e Sofia” pode ser encontrado na Amazon, por meio do link  https://www.amazon.com.br/fant%C3%A1stico-mundo-J%C3%BAlia-Sofia-supera%C3%A7%C3%A3o-ebook/dp/B08F8RCFGC

“Deslaços de Família” – disponível fisicamente.

Deslaços de Família estará no nosso super sorteio para leitores em breve no instagram . Acesse @fanzinirevista para saber mais.

Pode ser adquirido diretamente com o autor ou pelos sites das livrarias abaixo:

Editora Quixote+do: https://quixote-do.com.br/produto/deslacos-de-familia/

Livraria FGV: https://livraria.fgv.br/produto/interesse-geral/deslacos-de-familia/

Americanas: https://www.americanas.com.br/produto/1990929811/deslacos-de-familia

Amazon: https://www.amazon.com.br/Desla%C3%A7os-Familia-Rodrigo-Pazzinatto/dp/8566256654

“Participei também de duas coletâneas que tiveram lançamento de livro físico, uma chamada “Histórias para ler à beira do abismo”, que foi um livro escrito em conjunto com meus colegas do curso de escrita criativa, e outro chamado “Cartas à Tiradentes”, que foi resultado de um concurso, o qual tive a alegria de ser vencedor na categoria contos.”conta Rodrigo.

Cite 2 motivos para criar o hábito da leitura.

Primeiramente, é um hábito muito saudável, um excelente exercício cognitivo que ajuda demais no aprendizado da língua portuguesa, da escrita e interpretação de textos. Mas tem outro tipo de aprendizado que a literatura traz, que é menos falado, e tem a ver com a capacidade de se colocar no lugar dos outros. A literatura permite habitar o mundo do outro, é uma maneira de compreender com mais profundidade a diversidade da condição humana.

Comente um pouco como foi o seu despertar para a escrita. Em qual momento você passou a se intitular escritor? Como foi para você deixar de ver a escrita como um hobby e passar a vê-la como um trabalho?

Até hoje tenho dificuldade de me intitular escritor. Em muitos momentos digo que sou autor de alguns livros. Comecei a escrever durante meu processo psicoterapêutico, ocasião em que eu estava lidando com angústias existenciais. A escrita foi uma forma que encontrei de compreender a mim mesmo e elaborar as questões de vida que me afligiam na época. Mas só fui pensar em escrever um livro durante o curso de Psicologia, quando me deparei com a possibilidade de utilizar da escrita para desenvolver trabalhos do curso. Então aproveitei um tempo no qual me dedicava 100% aos estudos para poder desenvolver a escrita literária. Fiz um curso de escrita criativa e passei a me dedicar mais tempo para isso. Eu não tenho a escrita como hobby, a escrita é um exercício intelectual, que consome tempo e neurônios, precisa de dedicação e disciplina. Pra mim a escrita é um trabalho autônomo e uma forma de dizer aos leitores sobre meus incômodos e minha visão de mundo.

Qual é o papel das redes sociais para o seu trabalho de escritor? Como é a sua interação com seus leitores na Internet?

Desde que comecei a comercializar livros, as redes sociais passaram a ser importantes para divulgação do meu trabalho, tanto como psicólogo, como autor. As redes sociais também permitem ao leitor acessar o escritor e dialogar sobre o livro. Durante a pandemia as redes sociais passaram a ser a única maneira de interagir com os leitores. Eu sempre respondo aos comentários, acredito que é importante ter essa proximidade e respeito com as pessoas que lêem e admiram o trabalho.

A pandemia impactou de alguma forma seu trabalho como escritor ?

Impactou bastante. Quando a pandemia estourou em março de 2020 eu estava prestes a lançar um livro ao qual me debrucei nos 2 anos anteriores – Deslaços de Família. Estava na expectativa do lançamento, foi meu primeiro trabalho publicado por uma editora importante em Minas Gerais, a Quixote+do. Quando percebemos que a pandemia se estenderia resolvemos fazer o lançamento de forma virtual, foi uma maneira de tocar o projeto pra frente. O problema é que, tratando-se de acesso ao leitor, os lançamentos virtuais são uma novidade e acabamos sentindo falta desse contato mais próximo, de bater um papo e tomar um café. Além do mais, o lançamento do livro é um dos momentos mais importantes para divulgação e venda dos exemplares e acredito que pra mim foi um dificultador.

Em contrapartida, minha afilhada nasceu em junho, durante a pandemia. Como a família do meu irmão mora no interior de São Paulo, demorou muito para que eu fizesse a primeira visita, então passamos a nos comunicar por fotos e vídeo chamadas. Sempre que meu irmão me enviava uma foto ou vídeo eu respondia com um texto. No final do ano, eu tinha um livro pronto, que foi intitulado “Narrativas da Maitê”. É um livro lúdico, que fala da linguagem do recém-nascido e foi contemplado para publicação pela Lei Aldir Blanc.

Quais são seus projetos futuros?

No campo da Psicologia, estou em formação contínua para atendimento clínico e, no futuro, para atuar como sexólogo. Também pretendo continuar trabalhando como Psicólogo Social na administração pública. Falando em literatura, além de trabalhar o lançamento desse novo livro, “Narrativas da Maitê”, eu pretendo levar o livro “Deslaços de Família” para as escolas. A ideia é discutir com os jovens os temas importantes na contemporaneidade, como a sexualidade, gênero, desigualdade social, ensino-aprendizagem e o adoecimento psíquico, assuntos presentes nos contos do livro. Pensando um pouco mais à frente, tenho outros três livros em andamento, dois deles prontos, que pretendo lançar nos próximos anos.

Deixe o seu recado para os nossos leitores.

Leiam bastante e valorizem os autores nacionais. A editora Quixote-do de Belo Horizonte tem excelentes títulos, com muitos autores mineiros, que estão produzindo materiais de excelente qualidade.

BATE BOLA

O livro que estou lendo: “Sagarana”, de Guimarães Rosa e “Fiados na Esquina do Céu com o Inferno” de Eury Donavio.

O livro que mudou a minha vida: Em busca de sentido, de Viktor Frankl.

O livro que eu gostaria de ter escrito: O Sr. Brecht, de Gonçalo M. Tavares.

O último livro que me fez chorar: A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera.

O último livro que me fez rir: Pequenas Histórias de Luz e Som, de Flávio Oliveira.

O livro que eu não consegui terminar: Angustia, de Graciliano Ramos – tentei duas vezes.

O livro que eu dou de presente: Pequenas Histórias de Luz e Som, de Flávio Oliveira.

O primeiro livro que li : Clact..clact…clact – um livro infantil sobre uma tesoura que fica cortando papéis coloridos (rs).

Acompanhe o trabalho de Rodrigo pelas redes sociais.

Instagram: rodrigopazzinatto

Facebook: rodrigopazzinatto

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