A Orientação de Pais, entre a mentoria e a psicoterapia

A Orientação de Pais, entre a mentoria e a psicoterapia

Se você tem instagram ou facebook, certamente tem seu feed inundado de posts de profissionais da parentalidade (é, o algoritmo já descobriu até a faixa etária de seus filhos através de suas buscas e compras online). Então, sutilmente, começam a te oferecer conteúdo gratuito, em forma de posts, que trazem para você soluções para aqueles seus problemas diários e você começa a pensar: “Estou fazendo tudo errado!”.


Pronto! Agora sua culpa está muito maior e você percebe que precisa estudar, e muito, para ser uma ótima mãe, um ótimo pai. Agora, você já é uma persona, fazendo girar a roda do Mercado da Parentalidade, já foi encaixado em um nicho que já tem todas as suas dores mapeadas, e um produto prontinho para ser oferecido a você. Já tem influenciadora de referência (ops, digo, mentora) e tudo que ela diz te faz absoluto sentido para você. Então começa a ler os livros, e a colocar em prática o que os livros te ensinam a ser.


Mas, no final do dia cansativo, você senta e olha para a sua vida. “Ainda não está dando certo! Eu continuo fazendo alguma coisa errada!” Mas o que não te contaram é que esse caminho não vai dar certo mesmo, sabe por quê? Porque você é uma pessoa única, com seu histórico de vida, que se uniu a outra pessoa, com outro histórico diferente, criando juntos uma terceira pessoa. E nisto há inúmeras nuances que nenhum livro consegue captar, e não existe nenhum profissional que consiga orientar sem conhecer o funcionamento de sua família. É preciso que sua história seja contada, e acolhida.


A Orientação de Pais não é território exclusivo da psicologia, e muito menos é considerada como psicoterapia. Mas para se realizar uma consulta, ou um processo de Orientação de Pais, é necessário, além de formação ampla que engloba desenvolvimento infantil, funcionamento cerebral, estudo dos sistemas familiares, processos de aprendizagem, psicopatologia, conhecimentos de Psicologia fundamentados em uma abordagem sólida, que é base de toda a atuação profissional. Se negligenciarmos algum destes campos de saber, a atuação é fragmentada, baseada muito mais nas crenças do profissional do que na responsabilidade técnica.
Desafios pontuais podem ser clarificados em apenas consulta, outras demandas podem necessitar mais esforço e dedicação, mas costumam ser processos mais breves que a psicoterapia, por serem construídos a partir dos desafios que a família traz para a sessão. O orientador familiar agrega conhecimento técnico e maneja questões emocionais, mas sem a profundidade da psicoterapia, sendo o que conhecimento psicológico conduz o processo, mas não é foco central do trabalho.

Questões individuais de cada membro da família merecem ser trabalhados em psicoterapia individual, se necessário e desejado, preferencialmente por outro profissional fora da Orientação Familiar.


Não há um caminho pronto a ser seguido, muito menos “receita de bolo”. Cada família é única, assim como as orientações e intervenções. Não há espaço para críticas, nem para julgamentos. Com base no desenvolvimento de cada criança, e nas relações de todos os membros da família dentro e fora do campo familiar, novos ajustamentos são propostos, valores e crenças são reavaliados, sempre com acolhimento e respeito.

Por: Carolina Alessandra Freitas – CRP 04/20947
Psicóloga especializada em Orientação Familiar, Psicopedagogia e Parent Coaching.

Carolina Alessandra – Psicóloga especializada em Orientação Familiar– Atendimento no Espaço Evoluir.

O Espaço Evoluir é um espaço multidisciplinar que conta com profissionais nas áreas de fonoaudiologia, musicoterapia, psicologia, psicopedagogia, terapia ocupacional e mediação/reforço escolar.

Endereço: Rua Margarida Cortona, 07, Cannan,Sete Lagoas.

Contatos: (31)3775-0205 / (31)987270205:

Instagram: @espacoevoluir7l


Categories: Destaque, Sete Lagoas

Sobre o autor

COMENTÁRIOS