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Mulher: Mãe do Mundo

Vivemos um tempo sem sentido…Em uma época distorcida, completamente
distrópica. As pessoas vagam pelo mundo abandonando sua humanidade. Jogam sua dignidade em uma sarjeta qualquer, sem se importar consigo ou se importar com alguma coisa. O retrocesso, o extremismo político, conceitos conservadores que nada querem dizer, faz o conjunto de uma
realidade ao estilo de Dali. Totalmente surreal.
Neste caos social no qual embarcamos, tornamo-nos, mais e mais, desumanizados.
Tomam-se as próprias opiniões como dogmas inquebrantáveis. A essência se perde, a inocência se perde, se perde até os mais básicos sentimentos como a compaixão. O se colocar no lugar do alheio, enxergar no outro como eu exergo a mim mesmo. Alimentamo-nos da cólera, uma ira persistente
que se refaz, ódio por amor, agressão por cuidado, separação ao invés de união.
Somos confrontados com opiniões radicais, a cada vez mais radicais. Mais
preconceitos, mais negação da realidade, mais fantasias delirantes que só existe o “nós contra eles”.
Uma fragmentação que ataca todas as minorias, negros e principalmente as mulheres. A violência é nossa companheira das trivialidades do dia-a-dia.
Há alguma forma de se justificar a violência? Há algum jeito de tornar legítima a agressão física? E a psicológica?

A resposta é um grande e sonoro NÃO!

Mas ainda pergunto:
quando nos livraremos deste comportamento? Quando domaremos a violência? E a transformaremos em compaixão e cuidado? Não há, pelo menos por enquanto, uma resposta. Se houver levará tempo, muito tempo. A palavra se perde ante à barbárie.
Passamos a jogar as pessoas no esgoto de nossa incapacidade. A fúria é a resposta a total falta de razão. A violência é a maneira fácil de resolver problemas. Uma jaula na qual as mulheres foram jogadas e, tristemente, ainda o são. A visão da mulher como posse, como um
objeto. Um objeto que cuida da casa, filhos e marido, e muitas vezes a sustenta. Somos fruto da mulher. Delas ganhamos a vida, o cuidado, o amor. Ser grandioso que mantém a nossa civilização viva. Não existe homem sem uma mulher. O homem somente vive através da mulher. Começamos nossa aventura no útero e para lá queremos voltar. Um lugar quente
e seguro. Protegido das intemperes da vida .
As mulheres são naturalmente a nossa completude. A essência que nos falta. A delicadeza que sobrepõe a força. A inteligência que agrega. O seio delicado que nos alimenta de vida. O amor que sempre esta disponível a nos confortar. Mas por quê a jaula? Maus tratos e violência praticados ao ser que tanto nos dá?
A guerreira que defende a cria. Que a defenderá por toda sua existência. A
capacidade e o trabalho incessante, a nos ensinar a perseverar. A inteligência a nos ensinar os truques da vida. A nos dizer o caminho bom. A enérgica que nos corrige, para nos tornar melhores.
A companheira que nos conforta, no momento de aflição. Quão importante é. Que papel dificílimo pratica.
Quero que a mulher seja igual…ou talvez não. Maior que eu. Dona da minha gratidão por toda a minha vida. Dona de parte de minh’alma, que jamais seria como é sem a mulher, as mulheres que fazem parte dela. Todo cuidado a mulher, toda a igualdade, toda a liberdade, toda a nossa proteção e carinho, por mim, por você, por nós, pela vida.
A todas as mulheres somente posso dizer:
Meu muito obrigado!
E desejo que os homens aprendam e partilhem o valor da mulher…


Ulisses Tavares
Bancário e especialista em direito tributário.