94% dos brasileiros mudaram hábito de higiene depois do estouro de pandemia de Covid-19

94% dos brasileiros mudaram hábito de higiene depois do estouro de pandemia de Covid-19

A OMS  instituiu o dia 5 de maio como o Dia Mundial de Higiene das Mãos que esse ano chega carregado de significado para a era moderna.

Nunca se falou tanto em lavar as mãos, principalmente pelo aumento exponencial de casos relacionados  ao novo coronavírus pelo mundo, sendo uma das principais medidas de prevenção da Covid-19. De acordo com pesquisa Comportamento do consumidor após coronavírus feita pelo Instituto Qualibest entre os dias 10 e 22 de março, 94% dos brasileiros mudaram os hábitos de higiene. 

Estudo apontou ainda aumento do uso do álcool em gel (67%), álcool líquido (63%), água sanitária (51%), desinfetante (47%) e sabonete líquido (42%). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o hábito pode reduzir em até 40% a contaminação por vírus e bactérias que causam doenças como gripes, resfriados, conjuntivites e viroses. O ato de lavar as mãos é tão importante que a OMS instituiu o dia 5 de maio como o Dia Mundial de Higiene das Mãos. 

Segundo o infectologista do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Alexandre Costa, que também atende em consultório instalado no Órion Complex, a higiene das mãos é fundamental para a prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), cujo contágio está vinculado a um procedimento de atendimento ou à internação de um paciente.  “Todos devem lavar as mãos, principalmente o profissional de saúde que está em constante contato com pacientes com diferentes doenças”, ressalta.

Estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que 41% das mortes de recém-nascidos podem ser evitadas pela higienização das mãos. No Brasil, de acordo com dados da Anvisa, cerca de 25% das infecções registradas são causadas por micro-organismos multirresistentes, que se tornam imunes à ação dos antibióticos.

“Mesmo com as mãos devidamente limpas, é importante evitar levá-las ao rosto, pois os nossos olhos, nariz e boca são portas de entrada para todo tipo de doença infectocontagiosa. Essas máscaras de pano caseiras são uma boa alternativa para tentar evitar esse hábito de tocarmos o rosto frequentemente. Além disso, evita que portadores assintomáticos do vírus o transmitam para terceiros”, explica Alexandre.

O infectologista lembra que um dos principais erros na hora de higienizar as mãos é esquecer de retirar relógios e anéis antes de iniciar a limpeza das mãos. “O mesmo vale para quando usar álcool líquido e em gel 70%”, frisa Alexandre. Mas o que de fato essa pandemia vai ensinar com relação aos cuidados com a saúde? Segundo o médico, a resposta para essa pergunta depende da com­preensão individual dos acontecimentos. “Mesmo com tantas mortes anunciadas diariamente, muita pessoas ainda acham que esse novo vírus não é real. Para elas, nada vai mudar, infelizmente”, frisa. 

Não é de hoje que o ato de lavar as mãos é recomendado pelos especialistas. A descoberta sobre a importância dos cuidados com a higiene aconteceu em 1846 na Áustria, quando o médico assistente Ignaz Philipp Semmelweiss notou que a mortalidade das parturientes era maior nos casos em que as pacientes eram atendidas pelos mesmos médicos que faziam a autópsia. Somente após a sua morte, a higienização das mãos passou a ser reconhecida como importante ação na prevenção de infecções.  

Confira algumas dicas de como fazer a higienização das mãos corretamente: 

  1. Se possível, usar sabão antibactericida. No entanto, qualquer outro também é eficiente;
  2. Não é necessário colocar grande quantidade de sabão na mão. Em geral, 2 ml são suficientes;
  3. Esfregar a parte de baixo e de cima das mãos 
  4. Não esquecer das pontas dos dedos, embaixo das unhas, entre os dedos e polegar;
  5. O processo deve durar cerca de 60 segundos;
  6. Ao fechar a torneira use o cotovelo ou um papel;
  7. O mesmo processo deve ser feito com álcool em gel caso não seja possível fazer a limpeza com água e sabão. 

Por Comunicação Sem Fronteiras: Instagram: @comunicacaosemfronteiras
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