As relações e os modos de existir em enredos familiares contemporâneos

As relações e os modos de existir em enredos familiares contemporâneos

Em “Deslaços de Família”, Rodrigo Pazzinatto traça um painel de costumes, crenças e relações de poder, sob a ótica das patologias.

Em um momento tão único como o de agora, em que a forma de se relacionar e os modos de existência estão em cheque, a literatura pode nos abraçar, pegando-nos pelas mãos e conduzindo-nos a viagens surpreendentes. É o caso de “Deslaços de Família”: em nove contos, Rodrigo Pazzinatto faz uma crítica à maneira como temos vivido as relações e os modos de existir.

É até natural no mundo contemporâneo a tentativa de ditar o padrão ‘normal’, como se esta normalidade pudesse ser imposta ou definida a partir de costumes, crenças e relações de poder. A partir daí os conflitos são naturais.

Em cada uma das estórias, o autor apresenta um enredo familiar contemporâneo, mostrando algumas das mazelas humanas. São abordadas questões de gênero, sexualidade, velhice, aprendizagem, educação, criminalidade, relações de trabalho. A sexualidade, a agressividade, a tristeza, a solidão, a vida e a morte são alguns dos temas tratados pela lupa sensível do autor.


Rodrigo Pazzinatto é Graduado em Engenharia Florestal, o autor foi em busca de um novo sentido para a vida e escolheu o curso de Psicologia. Desde então passou a ministrar palestras, escrever poesia e dedicar-se à literatura. Em 2019 ganhou o prêmio internacional Special Tribut, que reconhece boas práticas para a humanidade. Conquistou o 1º lugar, na categoria prosa, no concurso literário Cartas a Tiradentes.
Foto por : Helenilton Pinheiro

Como pano de fundo, Pazzinatto faz uma crítica a comportamentos que acabam se tornando patológicos, segundo uma visão científica normatizadora. “A normatização é uma forma de violência para aqueles que não se enquadram na regra, e, nesse ponto, os contos trazem um tipo de denúncia.  Se a sociedade enxerga a juventude como o “normal”, passamos a patologizar a velhice e a discriminar o idoso, por exemplo”, explica ele, que estuda Psicologia.

O hábito de ler faz com que possamos compreender melhor o mundo e a si mesmo. “A literatura proporciona isso, abrir uma caixa de diálogo com diversos públicos, que vivenciam situações conflituosas. Isso diz muito sobre nós”, define o autor.

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