Vantagens de morar em Condomínio

Vantagens de morar em Condomínio

Conversamos com Raquel Paiva proprietária do Grupo R Paiva para saber quais os benefícios de optar pela residência em  um  condomínio. O Grupo RPaiva  é especialista em administração de condomínios e conta com quatro setores especializados para atender as demandas das  empresas: Departamento Contábil, Departamento Pessoal, Departamento Fiscal e Departamento Societário.

Confira abaixo:

Metropoli- Quais a vantagens da pessoa morar hoje em condomínio? E é uma tendência de local e regional?

Raquel  Paiva- Sim, é uma tendência hoje morar em condomínio e o fator predominante atualmente é a segurança. Existe ali naquela comunidade uma facilidade para que as pessoas se protejam, então essa filosofia de condomínio está sendo trazida inclusive para os bairros. Hoje no condomínio você está dentro de uma comunidade de pessoas que tem o mesmo interesse e estão ali dentro em prol de benefício em comum, essa é a grande filosofia de se morar em condomínio, o mercado preza por isso, trazer ali uma comunidade de pessoas parecidas, que convivam bem dentro daquele ambiente.

M – A noção e a criação de condomínios está mais ampla hoje. Então um bairro hoje, por exemplo, pode se transformar num condomínio onde ofereça esses mesmos serviços como se o morador estivesse em um prédio de apartamentos por exemplo?

RP– Na verdade, o que acontece hoje é o seguinte: o prédio de condomínio, o apartamento hoje ele tem um pré condomínio. Quando ele é condomínio vertical e tem algumas coisas diferentes, você tem uma área de lazer em comum onde as pessoas podem conviver. Quando se fala de condomínios horizontais eles são mais parecidos com os bairros, você tem ruas, pessoas que moram naquelas quadras, você tem um pouco daquela chamada que é o bairro pra dentro do condomínio e os bairros estão pegando aquilo que há de bom dentro dos condomínios que é da rede de contatos e segurança. Alguns bairros vão um pouco mais há frente, eles tem as áreas de praças onde as pessoas convivem ali. Então na verdade, o que aconteceu com o condomínio foi pegar o modelo que existia antigamente de bairro e adaptou hoje para dentro de um condomínio, ou seja, os condomínios horizontais hoje são pequenos bairros onde você tem uma comunidade que compartilha algumas áreas comuns .

A facilidade hoje de se morar num condomínio é só mesmo essa adaptação do que era feito antigamente, então hoje, por exemplo, em condomínio você consegue ver pessoas na porta de casa sentada conversando com o vizinho. É esse resgate da coisa antiga, dessa ligação entre os vizinhos que as pessoas estão buscando nos condomínios horizontais. Verticais nem tanto.

Metropoli- Pra se denominar condomínio é necessário constituir uma “pessoa jurídica” ou não necessariamente?

Raquel Paiva é Graduada em Ciência Contábeis , pós graduada em Consultoria Contábil ,  Mestre em Administração de empresas e professional Coach.

RP –  O condomínio, legalmente, ele tem que ter um CNPJ. É claro que ainda existem prédios antigos onde as pessoas falam que moram num condomínio tal, mas não tem CNPJ, não tem nada regularizado. O que não é o correto. O correto é que o condomínio tenha uma pessoa jurídica e que cumpra algumas exigências da legislação. Por exemplo as questões de segurança, de prevenção à incêndio (você tem que ter um AVCB, um laudo de vistoria do corpo de bombeiros…), o prédio tem que ter um seguro… Se é um condomínio predial, o seguro é obrigatório por lei. 

O condomínio tem que cumprir todas as questões legais dos funcionários, tem que ter registro, etc. Tem toda uma obrigação que principalmente, em cidades pequenas, às vezes passa desapercebido. O síndico tem que ficar atento. Tem muitos prédios antigos em que o condomínio não é regularizado. Aqui em Sete Lagoas acontece muito de falarem “fulano” é o síndico, então todo mundo deposita o dinheiro na conta do dele. Acontece que essa conta do síndico é rastreada pela receita federal, ele tem um CPF e se mistura o dinheiro dele com o do condomínio. Lá na frente ele pode ter algum problema com a receita para justificar que dinheiro é esse que está na conta. Pois tem prédios que tem a taxa de condomínio alta de mais de mil, dois mil reais e aí, por exemplo, se você coloca dez pessoas a mil reais, você já tem uma receita entrando na conta de uma pessoa física de dez mil reais todo mês, e aí como que você justifica isso?!

M– E como que é o trabalho da RPaiva?

RP – A RPaiva trabalha com a administração de condomínios. Quando a pessoa nos solicita, também podemos providenciar o síndico profissional pra ela. Mas são duas coisas distintas. 

O que a administração cuida: fazer os boletos das empresas, fazer toda a parte de contabilidade, de departamento pessoal também dos funcionários, verificar todo e qualquer contrato que o condomínio tenha com terceiros, verificar se estão sendo implantados todos os requisitos que a legislação obriga, então os AVCB’s, se tem o habite-se, tudo regularizado dentro da legislação, além de controlar a parte financeira do condomínio. Dependendo de cada perfil de condomínio, juntamente com síndico, fazemos toda a prestação de contas. A administração dá uma certa segurança ao síndico que não precisa ficar 24h disponível para o condomínio. A figura do síndico, quando se tem o serviço de administração é muito mais para resolver algum assunto de cunho pessoal, que é dentro da comunidade dos moradores. Quando existem prédio grandes, com raras exceções,  com 200, 100 pessoas, aí sim justifica colocar o síndico profissional, por que realmente demanda um tempo muito grande. Mas quando são de pequeno ou médio porte, estimulamos para que tenha um síndico morador para que ele faça essa intermediação e que seja uma pessoa que tenha uma boa inteligência emocional. 

M – De qualquer forma é necessário ter o síndico mesmo tendo a administração?

RP – Sim, o síndico é um CPF que está se responsabilizando perante a receita federal por aquela administração ou com CNPJ. Aí você pode até falar, mas um CNPJ pode responder? Pode. Só que normalmente vai ser o sócio da administração ou o síndico profissional, que tenha parceria com aquele escritório. Depende muito do perfil, do que o seu prédio precisa. É necessário saber a demanda, qual que é a fragilidade daquele condomínio pra tratar especificamente. Porque muitas vezes a gente manda uma proposta e com várias coisas que não cabem pra aquele condomínio ou por mais que a gente filtre e mande, as vezes a demanda é muito mais de treinamento, de fazer mais reuniões, das pessoas aprenderem a conviver socialmente. 

A pessoa não precisa contratar a RPaiva para ser administrador, ela pode nos contratar para treinar funcionários, a forma como eles tem que lidar com os moradores, isso é muito comum em Belo Horizonte. 

Fazemos muitos treinamentos em BH, aqui a gente faz pouco, ensina porteiros como lidar com moradores, ensina que existe perfil de pessoas que são mais sinestésicas, pessoas que fazem questão do bom dia e outras que não… Enfim, ensinamos a eles a fazer uma leitura desse morador e de entender as demandas daquele prédio. Então temos a parte de treinamento e administração informal mesmo. Na parte formal, entramos mais na área burocrática.

Fotos : Tonymar Ramos

Categories: Destaque, Sete Lagoas

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