Cinco dúvidas sobre a coleta e armazenamento das células-tronco

Cinco dúvidas sobre a coleta e armazenamento das células-tronco

Material pode ser usado no tratamento de doenças graves

A medicina regenerativa possui um grande potencial na cura de doenças. Neste cenário, um dos métodos mais estudados para o tratamento de diversas patologias tem sido a terapia com células-tronco. “Congelar as células-tronco é uma forma de prevenção, principalmente para quem possui histórico de enfermidades graves na família, como câncer e algumas doenças imunológicas. Vale ressaltar que além de serem compatíveis com o próprio bebê, o material possui uma chance aumentada de compatibilidade entre irmãos”, revela Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Por tratar-se de técnicas especificas, é comum surgirem diversas dúvidas. Abaixo, o especialista esclarece as principais questões que permeiam o assunto. Confira

Quais as formas de aplicação de células-tronco?  

A terapia celular possibilita duas possíveis formas de aplicação de células-tronco. Uma delas é o transplante autólogo, no qual as células do próprio paciente, previamente armazenadas, são utilizadas. Já no transplante alogênico, as células são provenientes de outro indivíduo. A opção entre as duas formas de utilização dependerá da doença e da existência de um material compatível com o doente/receptor.  

As células-tronco do sangue do cordão são as mesmas do dente de leite e do tecido do cordão?

Atualmente há 3 grandes fontes de células-tronco: sangue de cordão umbilical, tecido de cordão umbilical e a polpa do dente de leite. “O sangue de cordão umbilical possui uma maior quantidade de células-tronco do sistema hematopoiético, ou seja, células capazes de regenerar o tecido sanguíneo e imunológico. Já por sua vez, o tecido de cordão e a polpa possuem maior quantidade de células-tronco do sistema mesenquimal, que são capazes de regenerar tecidos epiteliais”, explica o especialista.

Quais são as doenças tratadas com células-tronco?

Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood, o sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos para o tratamento de diversos tipos de patologias. Dentre as principais estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids. A mesma fundação demonstra a importância e o aumento expressivo na coleta do tecido do cordão que pode ser realizada imediatamente após a coleta do sangue do cordão.

Qual a forma de armazenamento?

No Brasil quem opta por armazenar o material em um Banco Público está doando sangue do cordão umbilical. Este material poderá ser utilizado por qualquer pessoa que necessitar. A doação corre sob sigilo e a família não poderá reivindicar, a qualquer tempo, o próprio sangue de cordão doado. No caso do Banco Privado, somente a família terá acesso às células-tronco congeladas. “Armazenar no Banco Privado é um ato preventivo. Este procedimento custa, inicialmente, cerca de R$ 3 mil. Anualmente, também é cobrada uma taxa de manutenção da estocagem. Obviamente, estes valores podem variar entre os bancos privados, assim como os custos relacionados a transporte”, indica Tatsui.  

Para que o tratamento seja eficaz, há um prazo de uso do material?

Não há tempo máximo definido pela literatura. Há relatos que indicam unidades congeladas há mais de 25 anos que demonstram viabilidade celular adequada. Isso sugere que, se o processamento e a estocagem forem realizados adequadamente (mantidos em temperatura inferior a -150 C), a expectativa é que as células-tronco continuem viáveis por décadas.

Sobre a Criogênesis

A Criogênesis, que nasceu em São Paulo e possui mais de 16 anos de experiência com células-tronco, é acreditada pela AABB (Associação Norte Americana de Bancos de Sangue) e certificada pela IQNet NBR ISO 9001:2015. A clínica é referência em serviços de coleta e criopreservação de células-tronco, medicina reprodutiva, gel de plaquetas e aférese, incluindo a diferenciada técnica de fotoférese extracorpórea. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia através de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro. www.criogenesis.com.br

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