AIDS mata menos, mas número de casos registrados aumenta

AIDS mata menos, mas número de casos registrados aumenta

No dia 1º de dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. A data foi instituída em 27 de outubro de 1988 pela Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde, cinco anos após a descoberta do vírus causador da Aids, o HIV.

Em Sete Lagoas existem, atualmente, 697 pacientes com HIV cadastrados no Serviço de Atenção Especializada, onde fazem o acompanhamento da doença pelo SUS. De acordo com o serviço de janeiro a novembro de 2018, foram notificados 61 novos casos, seis a mais que em todo o ano de 2017, quando houve 55 novos registros.

O aumento preocupa. “Acreditamos que o aumento de casos novos de HIV positivo, não só em Sete Lagoas, mas em todo lugar, não só no Brasil, se dá porque as pessoas não têm mais medo de morrer pela infecção do HIV / Aids, pois o tratamento e controle do agravo permite que o paciente leve a uma vida praticamente normal, podendo trabalhar estudar, se divertir, ter um convívio social e familiar. Desta forma, o risco de contaminação aumenta com o desuso dos preservativos, tanto o feminino quanto o masculino”, explica Junia França, Especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas. Ela explica que, com o avanço da tecnologia Terapias Antirretrovirais aplicadas ao combate do HIV, as medicações provocam poucos efeitos colaterais e o número de comprimidos diminuíram. Com isso, a adesão ao tratamento aumenta e os resultados são mais eficientes.

O tratamento, que é oferecido gratuitamente pelo SUS, consiste no uso diário dos medicamentos antirretrovirais, monitoramento da carga viral, função hepática e renal, dieta saudável, atividades físicas e apoio psicossocial. “Também é importante que o paciente esteja em dia com a imunização e mantenha o uso de preservativos em suas relações sexuais, além do acompanhamento com o infectologista”, completa Junia.

Prevenção ainda é o melhor remédio

Apesar no sucesso dos tratamentos, a AIDS ainda não tem cura. Por isso, a prevenção continua sendo fundamental. Ela se dá, principalmente, pelo uso de preservativos nas relações sexuais. “Pessoas casadas, namorados, parceiros eventuais, homens, mulheres, jovens e idosos, todos devem usar preservativos. Conhecer a doença e aprender a gerenciar os riscos é um grande passo. Além disso, é importante as portas de entrada para as PEPs – profilaxia pós exposição na rede SUS quando necessário, e reduzir o número de parceria sexual”, orienta a especialista.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil chega aos 30 anos de luta contra o HIV e Aids com registro de queda no número de óbitos causados pela doença no país. Em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos em 2017. A garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

Por Ascom Secretaria de Saúde de Sete Lagoas

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