Dilema Digital

Dilema Digital

Hoje nesse mundo cada vez mais V.U.C.A (Volatil-Incerto-Complexo-Ambiguo), vejo cada vez mais empresários, empreendedores, lidando com um dilema muito importante!

Há uma grande mudança de comportamento na nossa sociedade.Estamos comprando eletrodomésticos, livros, músicas, games, várias coisas pela internet. Mudanças enormes que movimentam todo tipo de indústria, estamos nos relacionando, comprando, fazendo redes de uma forma totalmente diferente!

 

Segundo a PWC, hoje o consumidor usa quase 46% as redes sociais para inspirar suas compras, alguma dúvida desses novos tempos!?

Essa mudança na nossa forma de relacionar, consumir, afeta diretamente as corporações, elas então cada dia mais vivendo um grande dilemas e algumas perguntas que precisam ser respondidas:

  • O que fazer para que os colaboradores se adaptarem a esse novo mundo e porque não essa” nova ”economia?
  • Nossa empresa deve investir todo nosso dinheiro nos funcionários, para eles crescerem, e deixarem a empresa?
  • E se não investirmos, e eles ficarem?

O dilema hoje,  ganha contornos mais dramáticos diante da transformação digital , o mundo cada vez mais V.U.C.A (que desfaz e refaz modelos de negócios) e do avanço da automação e da inteligência artificial (I.A.).

 

 

Segundo dados do Fórum Econômico Mundial , calcula-se que a Inteligência Artificial já provocará o sumiço de cinco milhões de empregos até 2020.

Dado esse confirmado pela consultoria McKinsey, que estima que robôs (físicos e digitais) farão sumir entre 400 milhões e 800 milhões de empregos até 2030.

 

 

Os Empresários e os diretores têm agora outras dúvidas: mesmo que decidam investir nos funcionários, o que a equipe precisa aprender?

“Tudo que você aprendeu não serve mais”

Essa é uma das maiores verdades do século 21, a sua capacidade de aprender e desaprender que fará a diferença , não importa qual mercado estiver.

 

 

As ‘’Soft skills’’ são cada vez mais valorizadas, em detrimento das ‘’Hard skills’’ ainda serem valorizadas a procura por essas habilidades é cada vez menor em função das mudanças que o mundo V.U.C.A vem promovendo.

Para os colaboradores que pretendem permanecer no futuro das organizações precisam oferecer mais do que conhecimento técnico.

Para Ângela Pegas, headhunter da Egon Zehnder:

“As empresas falam em transformação digital, um processo que impacta todas as áreas e pessoas. Questionam-se como conseguirão mudar a forma de pensar, quebrar paradigmas e estimular as pessoas a trabalharem menos em silos e mais de forma colaborativa”

Na Revista Época NEGÓCIOS no mês de fevereiro, saiu uma reportagem falando sobre o futuro do Trabalho e no artigo,há colocações e orientações de recrutadores e executivos .

Foi unânimo a necessidade em investir em pessoas e na evolução delas!

 

Investir nas soft skills, mas com bastante discernimento, eu particularmente nos meus treinamentos venho com um conceito superior inclusive que são as ‘’habilidades inovadoras’’

Soft Skills são habilidades comportamentais, sociais e emocionais, em oposição às hard skills (conhecimentos técnicos e específicos).

 

 

Capacidades que incluem : provocar engajamento, motivar, comunicar-se bem, adaptar-se facilmente e um modo de pensar voltado à resolução de problemas. Envolvem desenvolver a capacidade de “aprender a aprender”, buscar novos conhecimentos diante dos problemas que surgem. Servem para lidar com a transformação digital na empresa, administrar melhor a carreira e viver melhor.

Para que ainda não escutou, as chamadas Habilidades Inovadoras são habilidades cognitivas, sociais, emocionais,e éticas voltadas para a criação e desenvolvimento de negócios e /ou novos projetos, em subdivisão são habilidades inovadoras de descoberta e de entrega, ao meu ver uma habilidade fundamental é diferente com relação as soft skills mas são co-irmãs no processo de mudança das corporações, e claro as pessoas que estão inseridas nelas.

 

 

Na minha visão, essas habilidades não foram trabalhadas nas corporações, muitas vezes pelo medo de se perder esse colaborador, mas agora em função da necessidade de mudança de modelo de negócio quase que anual, somado ao mundo cada vez mais V.U.C.A, todos da corporação estão percebendo a necessidade de se reinventar como negócio e corporação quase a todo tempo visando a sobrevivência e adaptação aos novos mercados.

As empresas mais inovadoras do mundo possuem em sua cultura, as habilidades Inovadoras no ‘’DNA’’ dos seus colaboradores, sejam eles nas linhas de frente ou nos seus líderes tomadores de decisão.

A cultura do Líder da corporação, influência a cultura de toda a empresa, afinal qualquer empresa, mesmo uma recém-criada a uma corporação gigante está associado sim as pessoas que ali estão e claro as suas capacidades em questionar, observar, experimentar…

As Soft Skills não são novidade , nunca foram, visto que o mundo é sempre cíclico, as organizações sempre prezaram colaboradores com essas características e outras em especial com o espírito de liderança e sentimento de dono.

 

 

Antes a meu ver, pensava-se nelas como características que vinham associadas ao DNA, características inatas, e não como um conjunto de habilidades que pudessem ser compreendidas, analisadas, e treinadas.

Em uma citação na Revista Época NEGÓCIOS do mês de Novembro, Daniel Faria da Linco ,fala sobre as Softs Skills e a sua importância nas organizações:

“As soft skills estão cada vez mais em pauta nas organizações, bem como no recrutamento”

Outro dado interessante é em um Levantamento da edição de 2017 do Capgemini Digital Transformations Institute Survey , nele é mostrado que 60% das empresas atualmente sofrem com a carência das chamadas ‘’soft skills’’, ao meu ver tal dado é resultado da forma de recrutamento, desconsideração e da não cultura inovadora do atual líder.

Outras Soft Skills que não podem deixar de ser consideradas que foram citadas nesse levantamento :

* Colocar o consumidor no centro das preocupações (uma forma de empatia) (65%)

* Paixão por aprender (64%)

* Colaboração (63%)

* Capacidade de decidir (62%)

* Habilidade organizacional (61%)

* Habilidade de lidar com ambiguidade (56%)

* Mentalidade empreendedora (54%)

* Capacidade de gerar mudanças (53%)

 

A maior questão até então ao meu ver é a relação que se tem em se mensurar esse tipo de habilidade e principalmente como transformar em resultados para a corporação.

 

 

Representa sim um convite a pessoas que se apresentam como ’’ profissionais’’ diversos que se apresentem como professores, instrutores ou consultores ao acesso a empresa, algo que deve sim ser levado em consideração.

Pascal Finette, chefe do Programa de Empreendedorismo e Inovação Aberta da escola de negócios Singularity University, tem crenças bem específicas a respeito das soft skills que causam impacto real: “acho que há um conjunto de habilidades que gira em torno de design thinking e também de resiliência. Ambas podem ser ensinadas e aprendidas”.

 

Sofia Wingren, CEO da Hyper Island, também fecha o foco. “Queremos que nossos alunos desenvolvam capacidade de colaboração, aprendam a ouvir e a receber feedback”, afirma (leia entrevistas com ambos na edição 132 de Época NEGÓCIOS, nas bancas em fevereiro).

 

A exigência por soft skills também aumenta porque os limites entre profissões tradicionais se esvaem. Na minha opinião, é preciso estar pronto para se adaptar,evoluir e buscar um novo conhecimento técnico, uma nova habilidade comportamental e trabalhar junto com colegas de áreas e formações completamente diferentes.

Para Tonia Casarin, jovem brasileira que venceu um desafio global da Singularity University.

‘’Hoje na minha opinião um profissional de recursos humanos, precisa aprender a lidar com ferramentas de inteligência artificial sim, para selecionar talentos, um psicólogo terá que ter noções de programação, um advogado deverá  estar por dentro de questões de cibersegurança e um designer tenha que consiguir ser um “arquiteto de soluções web”.

“A tendência é que as pessoas façam um pouco de tudo e tenham uma visão do todo. Penso que dizer ‘Não sou pago para fazer isso’ vai virar um ‘crime“

A universidade americana, é uma das que tem atraído CEOs do mundo todo, que pagam caro, para abrir a cabeça e se preparar para esse futuro imprevisível. Com aulas de genética à neurociência, os líderes são estimulados a trabalharem em equipe, conviverem, criarem protótipos juntos.

A Singularity não é a única. Uma série de novas escolas (Hyper Island, Berlin School of Creative Leadership, General Assembly, Minerva Schools), plataformas (edX, Coursera) e edtechs (Tera, Gama Academy, Idea9) tem surgido nos últimos cursos, vendo cursos que misturam hard skills com soft skills.

Um novo se próxima e temos que evoluir e adaptar!

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