Secretaria de Saúde divulga ações de proteção contra a Malária

Secretaria de Saúde divulga ações de proteção contra a Malária

Casos da doença já foram confirmados no Espírito Santo e há suspeitas sob investigação em Minas Gerais.

 

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou um alerta sobre a ocorrência de Malária em Minas Gerais. Até o dia 22 de agosto, 20 casos já haviam sido confirmados em pessoas do Espírito Santo. Outros cinco estão sob investigação na cidade de Governador Valadares. De acordo com a SES-MG, essas pessoas foram infectadas fora de Minas Gerais, mais especificamente no estado vizinho, que enfrenta um surto da doença, especialmente nos municípios de Vila Pavão e Barra de São Francisco, que fazem divisa com as cidades mineiras de Mantena e Nova Belém.

O subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, explicou que até o momento não há confirmação da circulação da Malária dentro de Minas Gerais, mas tendo em vista a ocorrência de casos no estado do Espírito Santo e do registro dos casos suspeitos na Regional de Saúde de Governador Valadares, é importante monitoramos a suspeita da doença no estado.

SINTOMAS

Diante deste cenário, a Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas alerta para a importância da adoção de medidas preventivas e de controle da Malária. “Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área de risco para a transmissão da malária, no período de oito a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre acompanhada ou não dos de dor de cabeça e no corpo, calafrios, sudorese e cansaço, deve procurar atendimento médico”, explica Sueli Lacerda, superintendente de Vigilância Epidemiológica da SMS. Ela lembra que, geralmente, pacientes com Malária apresentam febre alta, em torno de 41 graus com episódios intermitentes.

TRANSMISSÃO DA MALÁRIA

A Malária é transmita ao homem por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego ou carapanã. “É um mosquito que existe na nossa região, mas que normalmente, não se encontra infectado pelo protozoário causador da Malária. No entanto, quando a pessoa infectada é picada pela fêmea do Anopheles, infecta o mosquito, que passa a transmitir a doença para outras pessoas que vier a picar”, detalha  Sueli.

A superintendente de Vigilância Epidemiológica explica ainda que existem cinco espécies de plasmódio podem causar a doença: P. falciparum (o mais letal, que foi identificado nos casos confirmados no Espírito Santo), p. vivax (maior incidência no Brasil)p. malariaep. ovale e p. knowlesi.

TRATAMENTO

Todo paciente com suspeita de malária deve procurar imediatamente uma Unidade de Saúde para avaliação médica e realização dos exames complementares. “A doença pode ser detectada por meio de teste rápido para Malária e gota espessa. Tanto o exame quanto o tratamento são gratuitos e estão disponíveis na rede pública”, afirma Sueli.

O tratamento da doença é medicamentoso, de acordo com a espécie parasitária e gravidade do caso. No entanto, a demora em iniciar o tratamento tem maior chance de disseminação da doença pelo organismo e risco de morte.

PREVENÇÃO

A Malária é uma doença contra a qual não há vacina, e nenhum medicamento é capaz de proteger o indivíduo de contrair a infecção. Por isso, a prevenção depende de ações individuais e controle do ambiente.

Segundo especialistas, o mosquito deposita seus ovos, de preferência, em águas limpas, sombreadas e com pouco movimento, como lagoas, açudes, represas e beira de rios. Desta forma, é importante evitar esses locais nos horários de maior atividade dos vetores, como ao amanhecer a ao entardecer. Para evitar a infecção, use também roupas que protejam braços e pernas, repelentes à base de DEET nas áreas expostas do corpo, conforme orientação do fabricante, procure dormir em locais protegidos por tela ou com mosquiteiros impregnados com inseticidas à base de “piretroide” e use ventilador ou ar-condicionado.

A preocupação das autoridades está, agora, com a proximidade do feriado da Independência. “Nesta época do ano, muitos mineiros costumam viajar para o litoral do Espírito Santo e, se picados pelo mosquito infectado, podem importar a doença para nossa região. Por isso os cuidados são tão importantes, especialmente para quem vai passar o feriado na regiões que estão enfrentando surto da doença”, adverte Sueli Lacerda.

Por Ascom

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