Prefeitura prepara Dia D de vacinação contra Sarampo e Poliomielite
O aparecimento de casos de Sarampo em países da América e na região Norte do Brasil acendeu uma luz de alerta. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, desde o mês de julho de 2017, houve casos confirmados de sarampo em decorrência de surtos ou importação.
Somente em 2018, foram notificadas suspeitas de 3 casos na Argentina, 1 em Antígua e Barbuda, 16 no Canadá, 34 na Colômbia, 90 nos Estados Unidos, 12 no Equador, 1 na Guatemala, 5 no México e 6 no Peru. No Brasil, foram notificados 477 casos e na Venezuela, país que enfrenta um grave surto de Sarampo, há quase 1500 registros.
Com a intenção migração de Venezuelanos para estados da região Norte do Brasil, Roraima e Amazonas já confirmaram, respectivamente, 200 e 265 casos de Sarampo. E apesar das intensas campanhas de vacinação realizadas na região, a meta mínima de imunização de 95% ainda não foi alcançada.
São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia, Mato Grosso e Rio de Janeiro também já detectaram casos importados da doença. Os dados são da atualização epidemiológica 26 e 27 publicada pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e Boletim de Notificação Semanal de Doenças Exantemáticas do Ministério da Saúde.
O Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa viral aguda de alta transmissibilidade, cuja prevenção é feita através da vacina Tríplice Viral. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. Os acometidos pela doença podem evoluir com complicações graves, incluindo encefalite, pneumonia e morte, principalmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão da doença ocorre diretamente de pessoa a pessoa, através de gotículas do nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas pelo vírus.
Pessoas acometidas pelo Sarampo apresentam febre, manchas avermelhadas pelo corpo (exantemas) acompanhado de um ou mais sinais e sintomas, como: tosse, coriza (rinite aguda), conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes), fotofobia (sensibilidade à luz) e pequenas manchas brancas dentro da boca (manchas de Koplik).
Situação em Minas Gerais
Em 2016, o Brasil e a região das Américas receberam o certificado de eliminação da circulação autóctone do vírus do sarampo pela OMS, no entanto, o risco de importação da doença é frequente, principalmente pela baixa cobertura em muitos municípios.
“Os dados mais atualizados do Ministério da Saúde não apontam registros, suspeitos ou confirmados, da doença em Minas Gerais. Por isso, os esforços estão voltados, neste momento, para a prevenção, que se dá única e exclusivamente por meio da vacinação”, explica a superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas, Sueli Lacerda.
Em Sete Lagoas, a vacina tríplice viral se encontra disponível em todos os 18 postos da cidade que possuem sala de vacinação. Além do Sarampo, ela também protege contra a rubéola e a caxumba. Confira, no fim da matéria, os esquemas vacinais por idade.
Dia D
De 6 a 31 de agosto, Sete Lagoas fará parte da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo. Também será disponibilizada a vacinação contra a poliomielite. No dia 18 de agosto, sábado, acontece do Dia D. Unidades de saúde ficarão abertas durante todo o dia para facilitar o acesso da população à vacina. “Fomos procurados por membros do Rotary, que demonstraram interesse em nos ajudar com a divulgação da campanha. Também estamos estudando a logística para montar postos volantes de vacinação”, contou Sueli.
No Dia D, receberão a vacina crianças maiores de um e menores de cinco anos de idade (quatro anos, onze meses e 29 dias), independente se já tiverem sido vacinadas contra o Sarampo ou não, o reforço poderá ser aplicado, desde que a última dose tenha sido tomada há mais de trinta dias.
Sueli esclarece, no entanto, que não é necessário que as pessoas esperem o início da campanha para se vacinar. “A vacina tríplice viral já está disponível em todos os postos com sala de vacina da cidade, e as pessoas, adultas ou crianças, podem procurar as unidades para receber tanto a primeira dose, quanto a dose de reforço, nos casos em que ela for necessária”, adverte a superintendente de Vigilância Epidemiológica.
Na cidade de Sete Lagoas, o índice de cobertura da vacina contra o Sarampo está abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. “Dados SIPNI até 31 de maio mostram que em Sete Lagoas a cobertura em crianças com a primeira dose é de 93,27% e segunda dose, 91,41%”, afirma Sueli.
| ESQUEMAS DE VACINAÇÃO POR IDADE
· Aos 12 meses de idade, a criança deverá receber a primeira dose da vacina tríplice viral (que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba). · Aos 15 meses de idade, a criança deverá receber a segunda dose com a vacina tetraviral (contra o sarampo, a rubéola, a caxumba e a catapora/varicela) ou a vacina tríplice viral e a de varicela monovalente. · De 02 a 29 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverão receber duas doses com intervalo de no mínimo 30 dias da primeira dose. · De 30 a 49 anos, caso não tenha nenhum registro de dose da vacina tríplice ou tetraviral, deverá receber apenas uma dose. · Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros), independente da idade, devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas. · Profissionais de transporte (taxistas, motoristas de aplicativos, motoristas de vans e ônibus), profissionais do turismo (funcionários de hoteis, agentes, guias e outros), turistas e profissionais do sexo devem manter o cartão de vacinação atualizado conforme os esquemas vacinais, garantindo a proteção individual e de seus familiares e assim contribuindo para manter o nosso território livre da circulação do sarampo. |
Por Ascom Secretaria de Saúde de Sete Lagoas
