Esclerose Múltipla atinge 2,3 milhões de pessoas no mundo: saiba como manter a qualidade de vida

Esclerose Múltipla atinge 2,3 milhões de pessoas no mundo: saiba como manter a qualidade de vida

Doença atinge cerca de 35 mil brasileiras.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, degenerativa e silenciosa que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) causando danos na fala, equilíbrio, visão, coordenação. Outra característica da esclerose é sua autoimunidade, ou seja, o sistema imunológico ataca o próprio corpo, neste caso, os neurônios.

O problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 35 mil delas brasileiras. A doença pode acometer pessoas de todas as idades e sexos, mas, na maioria das vezes, os primeiros sintomas se manifestam em mulheres e em indivíduos de 18 a 45 anos.

A esclerose múltipla não é uma doença hereditária. As causas ainda são desconhecidas, mas estudos apontam relações com genes de suscetibilidade, problemas hormonais e infecções com o vírus Epstein-Baar, responsável pela mononucleose, mais conhecida como Doença do Beijo.

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal. Eles são importantes para a confirmação da esclerose e também para afastar a suspeita de outras doenças. Entre os principais sintomas estão:

– Perda da visão, visão dupla ou embaçada.

– Alterações no controle da urina.

– Fraqueza em partes do corpo.

– Formigamento das pernas ou de um lado do corpo.

– Desequilíbrio.

– Falta de coordenação motora.

– Fadiga desproporcional à atividade realizada.

 

A esclerose múltipla ainda não tem cura, mas existem meios de diminuir a progressão da doença. Os tratamentos atuais buscam controlar a frequência dos surtos, reduzir a progressão da incapacidade física causada pela doença e evitar o surgimento de novas lesões no cérebro e/ou na medula espinhal.  Os corticosteroides são drogas utilizadas para tratamento dos surtos e os imunomoduladores, imunossupressores e imunobiológicos (anticorpos monoclonais) servem para tratar a doença.

A descoberta da esclerose múltipla pode afetar de forma significativa a autoestima do paciente.  Para enfrentar o problema, o ideal é buscar ter hábitos de vida mais saudáveis, auxílio médico e amparo emocional.  Renata explica que é possível manter uma vida ativa por meio de atividades físicas e experiências sociais agradáveis. “Com o tratamento adequado e com a adoção de um estilo de vida mais leve, as pessoas podem lidar melhor com a doença.”

 

Veja algumas recomendações da neurologista para os pacientes:

– Tenha acompanhamento médico regular e tome a medicação corretamente.

– Mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e prática de atividades físicas.

– Interrompa o tabagismo.

– Evite temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas preexistentes e até induzir novos surtos.

– Faça fisioterapia quando os movimentos forem comprometidos.

– Em surtos agudos, fique em repouso.

 

Sobre o Hospital Santa Paula

O Hospital Santa Paula, centro de excelência em saúde da zona sul de São Paulo, foi inaugurado em 1958. Com uma área de 18 mil m², dividida em três edifícios, atua em mais de 30 especialidades, com destaque para cardiologia, oncologia, neurologia e ortopedia. O Hospital Santa Paula conta com mais de 1,2 mil colaboradores e um corpo clínico aberto com 1,5 mil médicos. Possui 200 leitos, sendo 59 deles destinados especificamente à terapia intensiva. Além disso, dispõe de centro cirúrgico com nove salas de cirurgia e dez leitos de recuperação anestésica. Anualmente, o Hospital Santa Paula realiza 8,5 mil procedimentos cirúrgicos, 12 mil internações e atende aproximadamente 100 mil pacientes no Pronto Atendimento. É acreditado da ONA – Organização Nacional de Acreditação, nível 3, desde 2008; possui Acreditação Canadense desde 2010, em 2012, conquistou a certificação Joint Commission International (JCI) e em 2018, a 2ª reacreditação.

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