“A arte não foi feita para se conformar”. Entrevista com o escritor WARLEY CARDOSO.

O simpático professor Warley Cardoso conversou com o Metropoli e contou como está feliz com o resultado do lançamento do seu livro: “Amor, Poesia e Caos”. O escritor Sete-Lagoano reuniu mais de 200 pessoas na apresentação de seu primeiro livro na cidade. Com um evento super organizado e sinestésico (o café perfumava todo o ambiente), na Casa da Cultura, ele trouxe uma pequena mostra que reuniu artistas da cidade para apresentar seu primogênito. Contou com o apoio de Priscila para a realização e organização. Já prepara o próximo projeto que é um livro de crônicas, mas o que deseja no momento é distribuir seu livro de poesias nas livrarias da cidade. Acompanhe o bate-papo:
Metropoli: Qual sua formação? E como surgiu a sua relação com a escrita?
Warley Cardoso: Sou professor de Literatura, pós-graduado em Língua Portuguesa, e tenho como hobby escrever. Sempre quis lecionar e nunca me imaginei fazendo algo diferente. Literatura sempre foi meu foco. Querer formar como escritor surgiu disso. Sou apaixonado com história.
M: O que o motivou a escrever um livro? Quais foram suas inspirações para o livro: Amor, poesia e caos?
W.C: Inspirações tem em tudo, a vida, um filme… O livro trata de tudo isso, a arte tem o compromisso de gerar provocação e reflexão. A arte não foi feita para se conformar. A dor também nos motiva.
M: Quanto tempo demorou para escrever o livro?
W.C: Já tinha um apanhado de poesias. Quando terminava a faculdade de Letras resolvi fazer o livro e reunir tudo isso. Tem uns 8 anos que ele está pronto. O processo do escrever é contínuo. O apanhado demorou 8 anos, incluindo as fases de editoração e publicação.
M: Onde podemos encontrar o livro disponível para compra?
W.C: No momento o livro está disponível para compra no site da editora
Penalux ou página no Facebook no botão comprar agora. Estou trabalhando para deixar também nas livrarias da cidade.
M: A literatura brasileira é muito deixada de lado, o que acha disso? O que falta para gerar interesse na literatura nacional?
W.C: É preciso um trabalho forte das editoras. O mercado editorial é muito limitado em si. Mercado consumidor tem. Falta estratégia por parte das editoras com um trabalho de marketing neste sentido. Lembrando que temos grandes escritores clássicos, mas também temos ótimos escritores na atualidade, que não tem o alcance que poderiam.

M: Pesquisas revelam que o brasileiro (os que leem), leem em média 4 livros por anos. O que acha disso? Como fazer para incentivar a leitura na visão dele como professor?
W.C: Incentivo. Falta trabalho de marketing para criar interesse por esse tipo de escrita. A cultura precisa ser trabalhada de modo colaborativo. Por que não temos bienais? Por que não se trabalha os escritores locais e eventos de cultura colaborativos?
M: Qual foi a maior dificuldade na publicação do livro?
W.C: Primeiro o de que é achar uma editora que comprasse a ideia de alguém que está começando. Depois a distribuição. As editoras investem pouco nos escritores que estão começando. A distribuição é uma das fases mais trabalhosas, onde temos que comprar os livros para disponibilizá-los. As editoras não conversam diretamente com as livrarias. A concepção foi mais fácil. Mais complicado é organizar, escolher os textos, o material que vai para o livro.
M: Tem pretensões de escrever e publicar um novo livro? Se sim, seria na mesma linha?
W.C: A proposta é dar continuidade. Publicar livros em outros formatos de escrita, gêneros textuais variados. Já estou trabalhando nisso. Estou trabalhando em um livro de crônicas e a ideia é lança-lo em paralelo com uma segunda edição do “Amor, Poesia e caos”. O livro de poesias foi uma primeira proposta. Sempre fui tocado por poesia desde cedo. Comecei com poesia por que sempre fui tocado por ela. Acredito que é o start. No momento estou trabalhando outros mercados e investindo na divulgação do livro atual.
M: Se pudesse resumir a temática do seu livro em poucas palavras, o que diria?
W.C: Um livro sobre a vida. Ela passa por várias nuances. “Amor, Poesia e Caos” reúne 93 contos que falam sobre a vida, dos momentos mais felizes, aos mais “barra”.
Finalizamos a entrevista com um pequeno poema do livro “Amor, Poesia e Caos” para que nossos leitores desfrutem um pouco da emoção contida em suas páginas.
Incenso fosse música
Isso de querer
Ser exatamente aquilo
Que a gente é
Ainda vai
Nos levar além

Por Redação

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