RECOLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM DESAFIO CONTEMPORÂNEO

RECOLOCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM DESAFIO CONTEMPORÂNEO

O Brasil encerrou o ano de 2016 com doze milhões de pessoas desempregadas e alcançou o maior índice de desocupação dos últimos cinco anos, segundo dados do IBGE. Mediante ao atual cenário econômico e em meio aos espantosos indicadores de desemprego, a recolocação no mercado de trabalho configura-se como um grande desafio na atualidade.

“Toda crise é um convite forçado à mudança”. Essa frase tornou-se um clichê, comumente pronunciada de canto a canto do país, mas vale pensar no real sentido que ela transmite. Nesse contexto pensamos em uma crise subjetiva, do sujeito contemporâneo que encontra-se em sofrimento por enfrentar o desemprego, tomado pelo desespero de não enxergar possibilidades de recomeço ou ainda invadido pelo medo de não se reencontrar no mercado de trabalho. É um momento de incômodo, ou talvez seja a oportunidade para refletir sobre a trajetória profissional, sair da zona de (des) conforto e se lançar a novos aprendizados e ensejos. Essa é uma decisão que requer autoconhecimento, criatividade e coragem.

O primeiro passo e talvez o momento mais importante do processo de autoconhecimento profissional consiste na identificação das habilidades, conhecimentos, talentos e paixões do indivíduo. Está relacionado ao descobrimento de tarefas ou atividades que lhe proporcionem prazer. O sujeito que usa a criatividade para buscar novas oportunidades de trabalho e renda pode combinar suas habilidades, conhecimentos e experiências com as necessidades da sociedade e do mercado, utilizar sua rede de relacionamentos e assim apostar em atividades com diferencial competitivo, mesmo que temporárias, mas capazes de lhe trazer rendimentos financeiros, aprendizados e crescimento, afinal o trabalho é a melhor maneira de viver a própria arte!

É essencial também que o indivíduo perceba quais são os pontos que requerem melhorias, ou seja, aqueles que precisam ser trabalhados, aprimorados ou mesmo adquiridos. Aqui a busca por treinamentos, cursos, palestras e qualificações são fatores positivos, que podem tornar as pessoas mais competitivas e aumentar a empregabilidade. Para tal, é preciso humildade para reconhecer-se, esforço e dedicação para investir no auto desenvolvimento e construir (ou reconstruir) a marca pessoal.

E, por fim, é preciso ter coragem para recomeçar. Recomeçar em uma empresa diferente, em um ramo desconhecido ou até mesmo em uma área que o indivíduo não domine. Essa coragem nada tem a ver com a ausência de medo, mas está relacionada a enfrentar e tentar, ainda que haja medo. Nessa fase é de extrema importância saber traçar metas, objetivos, ter foco e ser autoconfiante, afinal o sucesso acontece por meio do encontro da competência com a oportunidade!

 

Polliana Freire

Psicóloga

Especialista em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas

Supervisora de Recursos Humanos

Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Faculdade Promove (2010) e em Psicologia pela Faculdade Ciências da Vida (2015). Especialista em Gestão e Desenvolvimento de Pessoas pela Faculdade UNA (2017). Atua na área de Recursos Humanos e Psicologia Clínica. Atualmente é Supervisora de Recursos Humanos na empresa Plantar Siderúrgica S/A, sendo responsável por todos os subsistemas de RH (Recrutamento e Seleção; Treinamento e Desenvolvimento; Gestão de Benefícios; Social; Acompanhamento funcional; Ponto Eletrônico; Folha de Pagamento e Encargos; Contabilização da folha de pagamento e Provisões mensais).

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